Crea-PR fiscaliza cooperativa onde explosões mataram trabalhadores em Palotina; MPT apura causas do acidente

Conselho Regional de Engenharia e Agronomia apura eventuais responsabilidades de profissionais ligados à tragédia. Oito pessoas morreram, 11 se feriram e uma está desaparecida. Câmera registra momento em que silo de cooperativa explode em Palotina
Representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) fiscalizaram nesta sexta-feira (28) a cooperativa agroindustrial C.Vale, onde explosões mataram oito pessoas e feriram outras onze na última quarta-feira (26) em Palotina, no oeste do estado.
De acordo com o órgão, três fiscais e um engenheiro especialista em segurança do trabalho foram ao local identificar, por exemplo, quem são os profissionais responsáveis por manutenções mecânica, elétrica e hidráulica da cooperativa e também pelo armazenamento de grãos e pela gestão de riscos.
O conselho vai abrir um processo para apurar eventuais negligências ou imperícias por parte dos profissionais relacionados ao acidente. Segundo a organização, de for identificada irregularidade, o profissional ou a empresa são notificados.
“Solicitamos informações a outros órgãos como Corpo de Bombeiros e Polícia Científica, que é responsável pela perícia no local, para então fazermos o encaminhamento à nossa câmara especializada para discussões e análise desse sinistro”, explicou o gerente da regional de Cascavel, engenheiro civil, Geraldo Canci.
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Alerta para casos parecidos
Também nesta sexta, o Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) disse que, concluídos os laudos e relatórios técnicos, vai apurar responsabilidades e adotar as providências cabíveis, bem como determinar a correção do processo de trabalho para evitar futuros acidentes.
“O MPT, a partir deste caso, iniciará esforço concentrado para a verificação da situação dos demais silos, desta e de outras empresas, localizados no estado do Paraná, pois é direito de todos, sem distinção, um meio ambiente de trabalho seguro e saudável”, disse em nota.
O MPT também manifestou “profundo pesar” em razão dos trabalhadores atingidos e disse estar “atuando firmemente para esclarecer as circunstâncias e razões do acidente”.
A procuradoria afirmou que presta o máximo de apoio aos familiares das vítimas, especialmente aos trabalhadores haitianos, “que vieram ao Brasil em busca de refúgio e trabalho, mas encontraram a morte”. Dos oito mortos, sete são do Haiti.
Um trabalhador haitiano segue desaparecido até a última atualização desta reportagem.
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