Após rebelião, visitas são suspensas no Complexo Penitenciário de Rio Branco neste fim de semana

Nota assinada pela Segurança do Acre diz que medida visa realizar procedimentos de segurança e preservar integridade de reeducandos. Rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro durou mais de 24 horas e teve cinco mortos. Complexo Penitenciário de Rio Branco após rebelião
Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre
Após a rebelião no presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que durou mais de 24 horas e teve cinco mortos, as visitas familiares serão suspensas nos dias 29 e 30 de julho. A decisão foi da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-AC) e do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-AC).
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Por meio de nota, assinada pelo secretário da Sejusp, coronel José Américo Gaia, e pelo presidente do Iapen, Glauber Feitoza, o motivo da suspensão é para que sejam realizados procedimentos de segurança no complexo penitenciário.
“Considerando a necessidade de preservação da integridade de reeducandos, a realização de procedimentos de segurança e inspeção minuciosa em todo o Complexo Penitenciário de Rio Branco, estão suspensas as visitas familiares no Complexo Penitenciário de Rio Branco nos próximos dias 29 e 30 de julho de 2023”, diz a nota.
Com relação às visitas nas demais Unidades Penitenciárias do estado, não haverá alteração.
Rebelião
Dois inquéritos foram abertos pela Polícia Civil para investigar como foi a dinâmica da rebelião dentro do presídio de Segurança Máxima. Os presos renderam um detento e um policial penal e conseguiram tomar o presídio em um ato que durou de quarta (26) até quinta-feira (27). Dos cinco mortos, três foram decapitados.
Há duas possibilidades de motivação: a que a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) divulgar oficialmente é de uma tentativa de fuga de 13 presos, que foram contidos e, por conta disso, teria mantido reféns para garantir as negociações. Há também uma versão de que a facção criminosa que orquestrou a rebelião queria apenas entrar no pavilhão da grupo criminoso rival e matar os integrantes para demonstrar poder na guerra por territórios.
Ruas do presídio foram bloqueadas durante rebelião
Reprodução/Rede Amazônica Acre
O presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves existe há 15 anos e tem, ao todo, 99 presos, segundo o Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Iapen-AC). Os tipos de presos são aqueles que exercem poder de chefia nos grupos criminosos que fazem parte. Os grupos criminosos são separados por pavilhões.
Toda a dinâmica e motivação devem ser esclarecidas nos inquéritos abertos pela Polícia Civil. O primeiro vai ser conduzido pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP) e o outro conduzido pelo Departamento Técnico-Científico, onde será possível traçar como iniciou a rebelião dentro da unidade.
Os inquéritos têm 30 dias para serem concluídos.
VÍDEOS: g1

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