Sem patrocínio, equipe de sumô de Itapetininga arrecada dinheiro para competir mundial no Japão

Trio precisa de aproximadamente R$ 45 mil para pagar as despesas da viagem até Tóquio, capital do Japão e sede do Mundial de Sumô 2023. Atletas de Itapetininga vão participar do mundial de sumô no Japão
Associação Kodokan/Divulgação
Classificado para competir o Mundial de Sumô no Japão, um trio de “sumotoris” – como são chamados os lutadores – de Itapetininga (SP) divulgou uma campanha de arrecadação para arcar com os altos custos da viagem e participar de uma das maiores competições do esporte.
Sob os ensinamentos de Yoshishiro Sakashita, “sensei” de judô e sumô há mais de 45 anos na Academia Kodokan de Itapetininga, os alunos Paulo César Freitas Junior, Rebeka Yumi Sakashita e Rafaela de Oliveira Pereira conquistaram vagas para a competição internacional, que será realizada entre 5 e 8 de outubro, na Arena Tahcikawa Tachihi.
Oportunidade para Paulo César conquistar mais medalhas. Desde os 12 anos praticando o esporte, esta é a segunda vez que o jovem, de 18 anos, disputa uma competição no Japão.
Paulo Cesar treina sumô desde os 12 anos em Itapetininga
Arquivo pessoal
Focado em uma boa classificação, Paulo conta que precisou mudar a rotina de treinos. “Estou fazendo coisas diferentes. Pilates pra melhorar o meu alongamento, musculação, estou treinando judô também, porque um complemento outro. [Também] vou começar a fazer natação também pra melhorar um pouco o meu fôlego e o alongamento”, comenta.
Os atletas têm pouco mais de dois meses para se prepararem. Rafaela de Oliveira Pereira, que vai disputar na categoria feminina adulto, conta que treina oito horas por semana, conciliando sumô com o trabalho.
Sumô entre gerações
Quando o “sensei” Yoshihiro imigrou para o Brasil, também “importou” a tradição do sumô ao interior paulista. Motivo de orgulho para a neta Rebeka Sakashita, que vai disputar a categoria feminino leve no mundial.
Eu estou indo pela primeira vez ao mundial. A preparação está em dia, tanto o físico como o psicológico, porque se a mente não está no lugar, [você] pode ser a pessoa mais forte que não vai conseguir dar o máximo de si”, comenta a jovem.
Yoshihiro Sakashita em entrega de faixas
Arquivo pessoal
Arrecadação
A distância de mais de 17 mil quilômetros que separam o Brasil de Tóquio, capital japonesa e sede da competição, não é o único obstáculo para o trio. De acordo com Cristiane Sakashita, os custos da viagem estão estimados em R$ 45 mil.
Sem patrocínio, a academia decidiu criar uma campanha para arrecadar o dinheiro. Para isso, estão recebendo doações através de uma “vaquinha” e promovendo rifas. Veja aqui como ajudar.
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