Obras definitivas de abastecimento de água e saneamento avançam em Brumadinho e na Bacia do Rio Paraopeba

Ações implementadas pela Vale desde 2019 garantem fornecimento de água para as pessoas impactadas pelo rompimento da barragem na mina Córrego do Feijão. Ações incluem perfuração de poços para reforçar abastecimento
Divulgação/Vale
A implantação de sistemas de tratamento de água, a perfuração de poços e obras para garantir o abastecimento em Brumadinho e outras 22 cidades da bacia do Paraopeba estão avançando. Essas medidas, juntamente com o fornecimento feito em caminhões-pipa e galões de água mineral, foram adotadas pela Vale para garantir a segurança hídrica das pessoas atingidas pela suspensão do uso das águas do rio Paraopeba, entre as cidades de Brumadinho e Pompéu, desde 2019, quando houve o rompimento da barragem B1.
Atualmente, 65 sistemas de tratamento de água estão ativos, atendendo a mais de 2 mil pessoas, e outros 91 estão em construção para atender outras 5 mil pessoas. Um mapeamento feito pela Secretaria de Estado de Saúde indicou as famílias que utilizam cisternas e poços como única fonte de água para consumo humano, e esses sistemas estão sendo disponibilizados para melhoria da qualidade da água dessas pessoas.
Eles são construídos para assegurar uma água livre de bactérias, vírus, parasitas e metais, que ocorre principalmente em função das características ou composição natural do solo da região. Após a entrega do sistema, a Vale fica responsável durante cinco anos pela manutenção e pelo monitoramento da qualidade da água. A cada seis meses, são realizadas análises completas em laboratórios certificados, e os resultados são acompanhados pelos órgãos competentes.
A ativação de poços para abastecimento da população rural é outra ação da Vale para garantir o fornecimento de água com qualidade. São 127 poços ativos atualmente – juntos, eles disponibilizam uma vazão de mais 4 mil litros de água por dia.
Nas cidades de Paraopeba e Caetanópolis, poços perfurados e reativados pela Vale reforçam o abastecimento público, atendendo pelo menos 30 mil habitantes. Além disso, está em implantação um reservatório com capacidade de 500 mil m³, para garantia do fornecimento de água para os municípios mesmo em um cenário de estiagem.
“Nosso compromisso é garantir abastecimento de água e dar segurança hídrica para essas comunidades. E, para isso, trabalhamos desde 2019 em diversas frentes que passam pelo fornecimento emergencial, por soluções definitivas e obras de grande porte. Estamos agora num momento importante, avançando na infraestrutura que ficará para os municípios. Ao todo, são mais de 5 mil intervenções na bacia do Paraopeba para a melhoria do abastecimento”, explica Roberta Guimarães, gerente de saneamento da Vale.
Caminhões pipa garantem abastecimento das comunidades
Divulgação/Vale
Soluções emergenciais no fornecimento de água
Paralelamente aos avanços com os poços e sistemas de tratamento, o fornecimento de água por caminhões pipa e galões continua sendo feito regularmente, tanto em Brumadinho quanto nas demais cidades da Bacia do Rio Paraopeba, atendendo comunidades, municípios e população ribeirinha.
Pelos caminhões, já foram distribuídos, desde 2019, mais de 2,3 bilhões de litros de água. Já o total de água mineral chega a 25 milhões de litros.
Todo o trabalho de entrega de água é controlado por um sistema online, que permite saber onde está cada caminhão em tempo real e se o planejamento está sendo cumprido.
“A entrega da água potável e da água mineral engarrafada continua sendo feita diariamente nas 16 cidades, sem nenhuma interrupção”, explica Josué Ferreira, analista da Vale responsável pela distribuição da água.
Novas medidas, mais sustentabilidade
No início, a entrega de água mineral para consumo das famílias era feita por garrafas, mas a substituição por galões de 10 litros possibilitou uma redução de 150 toneladas de resíduos plásticos anualmente.
O produtor rural José Silvério de Melo, de São José da Varginha, explica que recebe os galões com água com frequência e sempre dentro do prazo.
“Os galões chegam aqui direitinho, dentro do prazo. E para a água, que uso na minha plantação, eu envio uma mensagem quando estou precisando e agendo a entrega. Vem certinho também”, explica.
Abastecimento planejado
A organização e a pontualidade da entrega são fundamentais para as atividades cotidianas das famílias e para o trabalho nas propriedades rurais. O produtor Luiz Otávio de Castro Machado, da cidade de Curvelo, recebe diariamente 10 mil litros para a pecuária leiteira e de corte.
“Recebo água de qualidade todos os dias e recebo também silagem para os animais. Assim não tivemos nenhum problema para continuar com nosso trabalho aqui, desde que o uso da água do rio foi suspenso”, explicou.
O cálculo do consumo de água e da alimentação para os animais foi realizado a partir das informações passadas pelos proprietários rurais e por estudos técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
“O objetivo de todas as frentes para o abastecimento de água implantadas pela Vale desde 2019 é garantir alternativas para as comunidades ribeirinhas que coletavam água diretamente do rio para consumo próprio, animal e irrigação, para os municípios que faziam captação direta do rio e aumentar a segurança hídrica da população da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Estamos trabalhando para alcançar essas metas, com atendimento, até o momento, de mais de 2 milhões de habitantes”, detalha Roberta Guimarães.
Obras estruturantes
O trabalho da Vale nas ações de abastecimento avança ainda para concretizar alternativas definitivas a municípios impactados da Bacia do Paraopeba e para reforçar a segurança hídrica de moradores de Belo Horizonte e Região Metropolitana.
Em Pará de Minas, foi entregue uma adutora com 50 km de extensão que faz a captação no Rio Pará. A vazão da estrutura é de 284 litros por segundo, mesmo volume que o município captava no Rio Paraopeba, antes do rompimento.
Outra adutora foi construída em Brumadinho, com 12 km de extensão e com capacidade de operar 5 mil litros por segundo, mesma vazão que era captada anteriormente no Rio Paraopeba antes de 2019. A adutora já está bombeando para a Estação de Tratamento de Água do Rio Manso, desde fevereiro deste ano, mediante acompanhamento da Copasa, e em breve poderá ser entregue.
Para a Região Metropolitana de Belo Horizonte, as intervenções têm como objetivo garantir alternativas, caso haja necessidade de interromper o abastecimento feito pelo Sistema do Rio das Velhas. Poços tubulares estão sendo instalados em Sabará, Nova Lima e Raposos, para aumentar a autonomia hídrica desses municípios.
Em Nova Lima, foi construída uma captação de água que poderá ser utilizada em situação emergencial, retirando água da barragem de Cambimbe e direcionando, por tubulação, numa extensão aproximada de 4 quilômetros, até a Estação de Tratamento de Água (ETA) Bela Fama.
A vazão a ser captada pelo sistema será capaz de abastecer cerca de 89 mil habitantes, sendo a totalidade de Raposos e parte de Nova Lima, atualmente abastecidos por Bela Fama.
Outra iniciativa na RMBH tem como objetivo garantir o abastecimento para os chamados “usuários essenciais”, ou seja, aqueles que precisam ter reforço no abastecimento, como hospitais, presídios e instituições de ensino. Estas instituições estão recebendo mais de 30 obras para reforço do abastecimento.
O AVANÇO EM NÚMEROS
Sistemas de tratamento de água:
● 65 sistemas de tratamento de água ativos, atendendo mais de 2 mil pessoas
● 91 sistemas de tratamento de água em construção para atender outras 5 mil pessoas em Brumadinho e municípios impactados.
Abastecimento da população rural
● 127 poços ativos que, juntos, disponibilizam uma vazão de mais 4 mil litros de água por dia.
Soluções Emergenciais
● Mais de 2,3 bilhões de litros de água distribuídos desde 2019. O total de água mineral chega a 25 milhões de litros.

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