Freixo: Caso Marielle foi tratado de maneira muito irresponsável

Atual presidente da Embratur comenta bons resultados obtidos pela Polícia Federal e as recorrentes trocas de delegados que, na visão dele, atrapalharam a investigação. Marcelo Freixo fala sobre investigação em torno do assassinato de Marielle Franco
GloboNews
O ex-PM Élcio de Queiroz firmou delação premiada com a Polícia Federal (PF) e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Ele deu detalhes do atentado contra a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
Em entrevista à GloboNews , o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, disse que é um dia muito importante no caso Marielle. “É importante lembrar que nós tivemos, durante a investigação da Polícia Civil, cinco delegados à frente do caso, o que é um absurso. A Polícia Federal assumiu a partir do governo Lula e o resultado apareceu de maneira muito importante”, conta.
Segundo Freixo, ao menos dois delegados foram atenciosos com a família. “Para nossa surpresa, esses delegados foram trocados pelo governo do Rio, sem a menor satisfação”, conta.
Ele explica que houve muita desinformação nos últimos anos.
“O caso foi tratado de uma maneira muito irresponsável e eu espero que, um dia, essas pessoas que deveriam ter investigado respondam pelo o que não fizeram. Que quando a gente chegar a mandante, que a gente entende porque determinado setores não instigaram esse grupo”, completa.
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Delação premiada
O promotor de Justiça Fábio Corrêa falou que a delação premiada de Élcio Queiroz, revelada nesta segunda-feira (24) durante a Operação Élpis, foi um grande avanço na investigação do Caso Marielle. A ação foi feita em um parceria da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio (MPRJ).
“Um pacto de silêncio foi rompido. Estamos buscando e oferencendo repostas de um crime emblemático”, disse durante coletiva no Rio.
Esta é a primeira operação desde o início de 2023, quando a PF assumiu a investigação dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.
“Conseguimos determinar com lastro firme como foi o dia 14 de março. Essa é uma fase do trabalho e conseguimos cariar provas importantes. Conseguimos, como muita consistência, estabelecer a mecânica do crime”, disse o superintendente da PF, Leandro Almada.
Almada reforçou a importância da colaboração de Élcio.
“Nessa primeira parte, e terão outras, o mais importante foi a colaboração. Evidentemente, não veio do acaso. Foi um muito trabalho de revisão, de provas, para tentarmos a linha e a estratégia de delação. Essa delação foi corroborada e a corroboração se mostrou em vários momentos de acordo. Ela foi confirmada de forma taxativa.”
Coletiva do Caso Marielle, no Rio
Rafael Nascimento/g1 Rio
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