Israel tem novos protestos contra a reforma judicial do país

Dezenas de milhares de israelenses protestaram neste sábado (15). Reforma tira o poder da Suprema Corte e dá mais poderes ao Parlamento controlado pelo governo. Dezenas de milhares de israelenses protestaram neste sábado (15) em Tel Aviv e outras cidades contra o controverso projeto de reforma judicial, considerado por seus críticos como uma legislação que poderia empurrar o país em direção a um modelo autoritário.
As manifestações têm reunido dezenas de milhares de pessoas desde janeiro, quando o governo liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apresentou o projeto.
De modo geral, a proposta de Netanyahu:
coloca a escolha dos juízes da Suprema Corte nas mãos do Parlamento de Israel;
propõe que as decisões do Judiciário possam ser sobrepostas às decisões do Parlamento, que é ultraconservador.
O governo argumenta que a reforma, que busca aumentar o poder do Parlamento sobre o da Suprema Corte, é necessária para garantir um melhor equilíbrio de poderes.
As novas manifestações ocorrem apenas alguns dias após a votação no Parlamento de uma medida-chave do texto.
A cláusula votada na terça-feira visa anular a possibilidade de o Poder Judiciário se pronunciar sobre a “razoabilidade” das decisões do governo.
O governo de Netanyahu, formado em dezembro com o apoio de partidos de extrema-direita e formações ultraortodoxas judaicas, é um dos mais conservadores da história de Israel.
“É uma batalha pelo país, queremos que Israel continue sendo democrático, e as leis ditatoriais não passarão”, declarou Nili Elezra, uma manifestante de 54 anos, à AFP.

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