Banda francesa tocou álbum de 2009 que se tornou símbolo do movimento indie. ‘Não esperávamos tanta gente’, disse vocalista. Phoenix canta ‘Lisztomania’ no Lolla 2024
O Phoenix fez um baile indie bonito e com execução perfeita no Lollapalooza, com o vocalista Thomas Mars sendo carregado (em pé e deitado) pelo público no final. A banda francesa se apresentou neste domingo (23) no festival no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Criado por quatro amigos na refinada cidade de Versalhes, o Phoenix ganhou projeção mundial com o álbum “Wolfgang Amadeus Phoenix”, de 2009.
Com batidas dançantes, riffs grudentos e letras viajadonas em inglês, o disco se tornou um dos mais celebrados símbolos do movimento indie, que na Europa também deu origem a grupos como Arctic Monkeys e Florence and the Machine.
FOTOS: veja imagens do 3º e último dia de festival
“Wolfgang” bateu recorde e ficou mais de um ano e meio na parada americana da revista “Billboard”, um feito surreal para um grupo de indie rock da França.
Naturalmente, é álbum o mais contemplado no setlist da banda. O show já começa com o maior hit, “Lisztomania”: uma escolha inteligente para esquentar um público ansioso pelo R&B da cantora SZA, atração seguinte no mesmo palco.
O Phoenix ficou com uma tarefa ingrata: mostrar a um público muito jovem que o rock pode ter perdido protagonismo, mas ainda pode ser “cool”. E conseguiu.
Mesmo sem saber as letras, a plateia dançou outras faixas do auge, como “Lasso”, “Girlfriend” e “1901”, outro grande sucesso, escolhido para fechar a apresentação, com o vocalista andando pela plateia, cumprimentando fãs e deitando sobre eles.
“Entertainment”, do álbum seguinte, “Bankrupt!” (2013), teve gritinhos na introdução catártica. A empolgação só esfriou em faixas mais recentes, como “Alpha Zulu”, que dá nome ao disco mais recente, gravado no Museu do Louvre, em Paris, e lançado em 2023.
Diferentemente de outras atrações nostálgicas dessa edição do Lollapalooza, o Phoenix não tenta no palco forjar a jovialidade de anos atrás atrás, nem sustentar a imagem de rockstar. Os integrantes parecem caras que você encontraria fazendo compras no mercado depois de um dia de trabalho.
Eles apresentam um show seguro: as músicas são as mais conhecidas, nada de covers, sem gracinhas, nem muito papo.
“Obrigada por serem tantos. Nós não esperávamos tanta gente”, disse o vocalista em um dos poucos momentos de conversa (agora em inglês mesmo). Mais tarde, ele usou um binóculo para ver quem estava mais longe.
Apesar de sem perigo, a apresentação é impecável. Executadas de forma perfeita, as músicas ao vivo são idênticas às versões de estúdio.
Para alguns pode parecer falta de esforço, mas na verdade é a experiência de uma banda que conhece bem seu público e a força de seu repertório. É isso que faz o Phoenix ser tão “cool”.
O Phoenix fez um baile indie bonito e com execução perfeita no Lollapalooza, com o vocalista Thomas Mars sendo carregado (em pé e deitado) pelo público no final. A banda francesa se apresentou neste domingo (23) no festival no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Criado por quatro amigos na refinada cidade de Versalhes, o Phoenix ganhou projeção mundial com o álbum “Wolfgang Amadeus Phoenix”, de 2009.
Com batidas dançantes, riffs grudentos e letras viajadonas em inglês, o disco se tornou um dos mais celebrados símbolos do movimento indie, que na Europa também deu origem a grupos como Arctic Monkeys e Florence and the Machine.
FOTOS: veja imagens do 3º e último dia de festival
“Wolfgang” bateu recorde e ficou mais de um ano e meio na parada americana da revista “Billboard”, um feito surreal para um grupo de indie rock da França.
Naturalmente, é álbum o mais contemplado no setlist da banda. O show já começa com o maior hit, “Lisztomania”: uma escolha inteligente para esquentar um público ansioso pelo R&B da cantora SZA, atração seguinte no mesmo palco.
O Phoenix ficou com uma tarefa ingrata: mostrar a um público muito jovem que o rock pode ter perdido protagonismo, mas ainda pode ser “cool”. E conseguiu.
Mesmo sem saber as letras, a plateia dançou outras faixas do auge, como “Lasso”, “Girlfriend” e “1901”, outro grande sucesso, escolhido para fechar a apresentação, com o vocalista andando pela plateia, cumprimentando fãs e deitando sobre eles.
“Entertainment”, do álbum seguinte, “Bankrupt!” (2013), teve gritinhos na introdução catártica. A empolgação só esfriou em faixas mais recentes, como “Alpha Zulu”, que dá nome ao disco mais recente, gravado no Museu do Louvre, em Paris, e lançado em 2023.
Diferentemente de outras atrações nostálgicas dessa edição do Lollapalooza, o Phoenix não tenta no palco forjar a jovialidade de anos atrás atrás, nem sustentar a imagem de rockstar. Os integrantes parecem caras que você encontraria fazendo compras no mercado depois de um dia de trabalho.
Eles apresentam um show seguro: as músicas são as mais conhecidas, nada de covers, sem gracinhas, nem muito papo.
“Obrigada por serem tantos. Nós não esperávamos tanta gente”, disse o vocalista em um dos poucos momentos de conversa (agora em inglês mesmo). Mais tarde, ele usou um binóculo para ver quem estava mais longe.
Apesar de sem perigo, a apresentação é impecável. Executadas de forma perfeita, as músicas ao vivo são idênticas às versões de estúdio.
Para alguns pode parecer falta de esforço, mas na verdade é a experiência de uma banda que conhece bem seu público e a força de seu repertório. É isso que faz o Phoenix ser tão “cool”.