Ex-prefeito de cidade do AC é condenado em mais um processo e volta a perder direitos políticos

Antônio Raimundo de Brito Ramos foi considerado culpado por improbidade administrativa no município de Bujari, e vai perder os direitos políticos, além de pagar multa por danos morais coletivos. Em maio, Ramos já havia sido condenado junto com aliados por crimes durante o mandato. Prefeito do Bujari Raimundo Gomes o “Tonheiro”
Caio Fulgêncio / G1
O ex-prefeito de Bujari, no interior do Acre, Antônio Raimundo de Brito Ramos, foi condenado em mais um processo por crimes contra a administração pública. Dessa vez, Ramos foi considerado culpado por improbidade administrativa por aumentar as despesas com pessoal, em desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), entre os anos de 2013 e 2014. A decisão não cabe recurso.
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Segundo o Ministério Público do Acre (MP-AC), o ex-gestor ignorou um parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC) e não esclareceu os fatos em momento oportuno, dificultando a coleta de informações para os trâmites administrativos.
A sentença, assinada pelo juiz de Direito Manoel Simões Pedroga, determina suspensão dos direitos políticos por três anos, proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios, incentivos fiscais ou de crédito pelo mesmo período, pagamento de R$ 10 mil por danos morais coletivos, além das custas processuais.
O g1 não conseguiu contato com a defesa de Ramos neste processo.
Processos anteriores
Em maio, o ex-prefeito foi condenado a 19 anos de prisão em regime fechado por organização criminosa, fraude em licitação, corrupção passiva, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro.
Segundo o Ministério Público do Acre (MP-AC), entre 2014 e 2016, Ramos e outros sete réus promoveram e integraram uma organização criminosa, com o objetivo de obter benefícios às custas do dinheiro público do município. Com a decisão, os condenados ficam impossibilitados de exercer cargos ou funções públicas por cinco anos.
Ramos já havia tido os direitos políticos suspensos em 2020, quando foi condenado a devolver R$ 400 mil aos cofres públicos do município. A denúncia do Ministério Público apontava que durante os anos de 2013 e 2014, quando exerceu o cargo de prefeito, Ramos teria deixado de prestar contas de R$ 400 mil recebidos por meio de um convênio com Ministério da Integração Nacional (MI). O que levou à condenação por improbidade administrativa.
Ele também foi preso em uma operação da Polícia Federal em 2016, apontado como um dos responsáveis por um esquema de fraude em licitações públicas.
VÍDEOS: g1

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