Audiência entre Coteminas e sindicato terá novo capítulo nesta sexta-feira; entenda

Nesta quinta-feira (06), ocorreu uma audiência entre a Coteminas e o Sintrafite (Sindicato dos Trabalhadores Têxteis) para que a empresa e os trabalhadores chegassem a um consenso. A reunião, realizada no  Ministério Público do Trabalho (MPT) em Blumenau, durou cerca de duas horas.

Após o anúncio de demissão em massa na empresa, o Sintatrife tentou contato com a Coteminas, mas sem conseguir retorno, entrou com uma denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT). Na quarta-feira (05), o órgão recomendou que uma negociação fosse realizada entre a companhia têxtil e o sindicato antes da empresa fazer os desligamentos.

Contudo, de acordo com o presidente do sindicato, Carlos Alexandre Maske, a audiência no MPT foi suspensa, pois a empresa e os trabalhadores não chegaram a um consenso, e será retomada nesta sexta-feira (07), a partir das 11h.

Notificação recomendatória

No documento do MPT, obtido pelo Portal ND+, foram determinados alguns procedimentos recomendatórios para a Coteminas. Entre eles: “abster-se de realizar dispensa coletiva de empregados sem prévia negociação coletiva com o(s) respectivo(s) sindicato(s) da categoria profissional”.

O órgão também reforçou que, caso a empresa e o sindicato não entrem em consenso e as demissões sejam a única opção, a Coteminas precisa cumprir as leis de trabalho impostas em caso de rescisão do contrato de trabalho sem justa causa.

Demissões na unidade industrial da Coteminas em Blumenau

Na sexta-feira (30), a Coteminas informou o Sintrafite que faria demissões de funcionários em julho.

Na segunda-feira (3), uma assembleia convocada pelo Sintrafite confirmou o desligamento de 841 funcionários da empresa. O motivo das demissões, conforme o comunicado enviado pela empresa ao sindicato, tem a ver com o momento da Coteminas e é necessário para “manter a continuidade da operação”.

O comunicado enviado pela Coteminas ao sindicato ainda destaca que “os funcionários terão garantia mercantil no valor total das rescisões, em torno de R$ 35 milhões”. O pagamento será feito de forma parcelada, que segundo a empresa, é a única forma de conseguir efetuar as indenizações sem causar nenhum dano aos trabalhadores. Contudo, a proposta não foi aceita e os funcionários seguem com as reivindicações.