Briga dentro de facção teria motivado execução com 50 tiros em Florianópolis, diz polícia

A Polícia Civil de Santa Catarina identificou como Tiago de Souza, de 23 anos, a vítima que morreu com 50 tiros na Avenida do Antão, no Morro da Cruz, em Florianópolis. O crime ocorreu em novembro de 2023 e foi praticado por membros de uma mesma facção criminosa após desavença interna, aponta a investigação. Um dos seis suspeitos foi preso na quarta-feira (20), em Palhoça.

Tiago de Souza, de 23 anos, foi morto com 50 tiros; facção estaria por trás, diz polícia – Foto: REPRODUÇÃO/NDTV

De acordo com o delegado Guilherme Mariath, os seis suspeitos que praticaram o homicídio e a vítima seriam do PGC (Primeiro Grupo Catarinense).

A Delegacia de Homicídios da Capital apurou que o sexteto entrou no Morro da Cruz pela rua General Vieira da Rosa e levaram a vítima até a Avenida do Antão, onde a executaram com pelo menos 50 disparos. Foram encontrados estojos de armas calibre 380, 9 mm e .40.

Dois dos seis suspeitos foram identificados e tiveram prisão temporária decretada pela Justiça. O primeiro, de prenome de “Igor”, foi preso em janeiro e teve a detenção convertida em preventiva. O outro, capturado na quarta-feira, segundo a Polícia Civil, se chama “Gabriel”, e até a noite de ontem ainda não havia passado por audiência de custódia.

Ambos os presos e a vítima têm ficha criminal por tráfico de drogas e organização criminosa.

Crime aconteceu na Avenida do Antão, em Florianópolis – Foto: Reprodução/Google Maps/ND

“Os três indivíduos, tanto a vítima, o Tiago, como os outros dois autores já identificados, estão relacionados ao Primeiro Grupo Catarinense. Os três possuem passagens por tráfico de drogas, um deles por organização criminosa”, afirmou Mariath, em entrevista ao Cidade Alerta SC, da NDTV Record.

Desavença dentro da mesma facção

Ênio Matos, da Delegacia de Homicídios da Capital, revelou ao ND Mais que o crime é resultado do tráfico de drogas na região e foi motivado por desavenças dentro da mesma facção. Ele descartou que a morte tenha sido provocada por algum tipo de guerra entre facções rivais. Não foi informado o motivo da desavença interna.

Embora o inquérito tenha sido finalizado, a Polícia Civil ainda busca identificar e prender os outros quatro criminosos da facção suspeitos de participar da execução.