SC realizou mais de 100 mil exames de dengue e mais de 70 mil casos foram confirmados em 2023

O Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) atingiu a marca de 107 mil exames realizados até o mês de junho de 2023, em Santa Catarina. Sendo 74.580 casos confirmados, com agravamento em 2.904, segundo a Dive/SC  (Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado). Até o momento, 71 pessoas morreram pela doença.

Mais de 100 mil exames de dengue já foram realizados em Santa Catarina em 2023 – Foto: Freepik/Banco de Imagens/ND

As áreas que mais demandaram exames foram a Grande Florianópolis, Foz do Itajaí, Nordeste e Oeste de Santa Catarina. Os meses de abril e maio registraram a maior quantidade de amostras recebidas.

A maioria dos exames foi do tipo Detecção de Antígeno NS1, recomendado nos primeiros dias de sintomas, auxiliando no diagnóstico precoce do paciente e contribuindo para a implementação de ações de Saúde Pública nas áreas onde o vírus está circulando.

Mais de 100 mil exames de dengue já foram realizados em Santa Catarina em 2023 – Foto: Secretaria de Estado de Saúde/Reprodução/ND

Além disso, o Lacen também realiza o exame de detecção de anticorpos IgM, que identifica a infecção pelo vírus da dengue após o quinto dia do início dos sintomas, confirmando o diagnóstico quando a suspeita ocorre em estágios mais avançados.

Outra técnica de exame aplicada é a análise de indicadores imunológicos, que possibilita a identificação do tipo de vírus presente no paciente, permitindo saber qual circula em cada região. Esse exame também permite a detecção dos vírus Zika e Chikungunya.

A dengue

De acordo com a FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz) a dengue pode ser causada por quatro subtipos do vírus, chamados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Atualmente, todos circulam no Brasil.

Na prática, isso significa que uma pessoa pode pegar dengue até quatro vezes na vida, caso seja contaminada pelos quatro subtipos, um de cada vez.

Porém, a partir da segunda infecção, aumentam as chances de a doença evoluir para a forma grave, popularmente chamada de dengue hemorrágica.

De acordo com a Dive, como a vacina só está na rede privada, não pode ser considerada uma medida de saúde coletiva nesse momento.

“Ela é importante, mas demanda uma avaliação do Ministério da Saúde para inclusão no calendário vacinal. Para aí, sim, ser considerada uma medida de saúde coletiva. Importante ressaltar também que atualmente ela é recomendada para pessoas de 4 a 60 anos, ou seja, nem toda a população pode receber a vacina na rede privada”, diz e a nota da pasta.

Neste momento, o que a Dive recomenda é a manutenção das medidas de prevenção para evitar deixar água acumulada.

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