Julgamento de Bolsonaro no TSE: veja os principais pontos do voto do relator até a pausa para o intervalo

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou na noite desta terça-feira (27) o julgamento da ação que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível.
Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão de uma reunião que fez com embaixadores estrangeiros, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada. Bolsonaro difamou sem provas as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro.
A sessão desta quinta recomeçou com a apresentação do voto do relator, ministro Benedito Gonçalves. O relator é o primeiro a votar. Na semana passada, na primeira sessão do julgamento, o Ministério Público Eleitoral pediu a inelegibilidade de Bolsonaro.
O voto de Gonçalves tem cerca de 300 páginas, mas ele decidiu ler um resumo. No meio de sua leitura, o TSE fez um intervalo.
Veja os principais pontos até aqui:
Relator de ação contra Bolsonaro diz não ser possível fechar olhos para mentiras e discurso violento
Ministro rebateu pontos da defesa – que tentou descaracterizar a natureza eleitoral da reunião. Também rejeitou a análise da reunião de forma pontual e isolada, argumentando que toda comunicação é pragmática, porque busca influenciar o meio.
Analisando as provas apresentadas ao longo do processo, Benedito concluiu que o material da apresentação feita aos embaixadores não teve a participação de ministérios, como o MRE e a Casa Civil. Com isso, concluiu que Bolsonaro foi o integral responsável pelo material
Analisando as provas apresentadas ao longo do processo, Benedito concluiu que o material da apresentação feita aos embaixadores não teve a participação de ministérios, como o MRE e a Casa Civil. Com isso, concluiu que Bolsonaro foi o integral responsável pelo material.
O ministro relatou em detalhes o conteúdo veiculado por Bolsonaro na reunião: suposta manipulação de votos de 2018, insinuações ataque hacker ao sistema eleitoral, rejeição da PEC do voto impresso, recusa do TSE às sugestões das Forças Armadas em 2022, utilização das missões para conferir ares de “legitimidade” a resultados.
Benedito nota que, no discurso aos embaixadores, Bolsonaro faz referência às Forças Armadas usando o pronome “nós”, numa “leitura distorcida” de suas funções, e enxergando-se como um “militar em exercício, à frente das tropas”, mostrando também descaso com a conquista democrática após o regime ditatorial.

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