Coronel flagrado em mensagens golpistas diz que sogro aluga imóvel para empresa que seria ligada a suspeitos de financiar atos

coronel-flagrado-em-mensagens-golpistas-diz-que-sogro-aluga-imovel-para-empresa-que-seria-ligada-a-suspeitos-de-financiar-atos

coronel-flagrado-em-mensagens-golpistas-diz-que-sogro-aluga-imovel-para-empresa-que-seria-ligada-a-suspeitos-de-financiar-atos

Jean Lawand Júnior havia dito que não conhecia companhia, mas voltou atrás. Relatora destacou que cadeia societária leva a investigados por financiar tentativa de golpe. O coronel do Exército Jean Lawand Júnior, flagrado em mensagens de teor golpista com um assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira (27) que seu sogro é dono de um imóvel alugado por uma empresa. Essa empresa, segundo a relatora da CPI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), é ligada a investigados por financiar os atos de 8 de janeiro.
O coronel prestou depoimento à CPI dos Atos Golpistas. O militar foi chamado após a descoberta de mensagens entre ele e o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.
Essas mensagens constavam do celular de Cid, alvo de uma operação da Polícia Federal por suposta fraude no cartão de vacinas de Bolsonaro. Nas conversas, Lawand citava uma mobilização para impedir a posse do presidente Lula
Pela manhã, na abertura da audiência, o coronel havia dito à relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que não conhecia a empresa Mcam Brasil. No entanto, voltou atrás já no final da reunião depois que, segundo ele, foi informado por sua companheira que a empresa locava um imóvel do seu sogro.
“Na parte da manhã, quando a senhora relatora perguntou sobre a empresa Mcam e eu disse que não sabia da empresa Mcam, a minha esposa que nos assistia mandou pra mim uma mensagem no intervalo do almoço dizendo que essa empresa está lotada em um imóvel que é do meu sogro. Ele locou esse imóvel para essa empresa e essa empresa está ali”, afirmou.
Questionado por Eliziane sobre os donos da Mcam, o coronel disse desconhecer o quadro societário. “Nós não somos donos da empresa, somos donos do imóvel locado pela empresa”.
Eliziane relatou durante a audiência que a Mcam Brasil tem “ramificação” em uma cadeia societária de empresas e um dos proprietários desse conjunto de empresas é Argino Bedin, e a sua filha, Roberta, investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por financiar os atos golpistas.
“Agora, o meu questionamento foi exatamente na linha de que, nessa empresa, na construção, por exemplo, do grupo de sociedade, há proprietários, há sócios que hoje constam do inquérito que trata da questão dos financiamentos dos atos do 8 de janeiro. Daí, portanto, a razão de eu fazer o questionamento junto ao senhor”, concluiu a relatora.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.