Vigilância Sanitária interdita clínica terapêutica em Londrina; funcionário foi preso suspeito de cárcere privado, diz MP

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Segundo promotora que cuida do caso, maioria das pessoas internadas é do Mato Grosso do Sul. Fiscalização coordenada pelo Ministério Público encontrou diversas irregularidades, diz promotora
Reprodução/Ministério Público
A Vigilância Sanitária de Londrina, norte do estado, interditou uma clínica terapêutica de atendimento a pessoas com transtornos pelo uso de drogas por supostas irregularidades, como agressões contra os internos e possível uso de medicamentos para dopar os pacientes. A comunidade funciona no Parque Ouro Branco, zona sul da cidade.
Os problemas foram encontrados em uma fiscalização coordenada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), Corpo de Bombeiros, Conselho Tutelar e a própria Vigilância. Havia 142 pessoas internadas no espaço, sendo 18 delas adolescentes.
A RPC tentou contato com a direção da unidade terapêutica, mas não teve retorno.
Os fiscais dizem ter encontrado remédios vencidos e receituários médicos em branco assinados por psiquiatra. Um psicólogo da entidade foi preso em flagrante por suposta prática de sequestro e cárcere privado porque muitos dos internados estavam no local além do prazo superior previsto em lei.
O profissional foi solto após audiência de custódia.
De acordo com a promotora Susana de Lacerda, os adolescentes abrigados conviviam com adultos e não tinham um lugar separado para o tratamento.
“Encontramos internos dormindo em banheiros, colchões úmidos, ambientes em péssimas condições de limpeza. As denúncias que recebemos foram confirmadas nesta fiscalização. É impossível descrever tudo de irregular”.
Proibidos de manter contato
A promotora ressaltou que os pacientes não eram autorizados pela coordenação da clínica a ligar para as famílias para relatar as dificuldades que passavam.
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As denúncias foram compartilhadas com o Ministério Público do Mato Grosso do Sul. A maioria dos internos é de cidades do estado, como Naviraí, Novo Mundo, Maracaju, Nova Andradina, Itaquiraí, Sete Quedas e Campo Grande.
Com a interdição do estabelecimento, o Ministério Público informou que eles devem ser transferidos para outros centros de tratamento ou levados de volta para os familiares em até três dias.
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