A ferramenta cruza imagens de satélite com focos de queimada, direção e velocidade do tempo, tipo de relevo e vegetação. O resultado é uma estimativa sobre o risco de um incêndio florestal e o tamanho da área de mata que pode ser atingida. UFMG desenvolve tecnologia para ajudar a prevenir e combater incêndios florestais
Reprodução/TV Globo
A Universidade Federal de Minas Gerais desenvolveu uma tecnologia pra ajudar a prevenir e combater os incêndios florestais que se alastram nesta época do ano no país. Até o dia 15 de junho deste ano, os bombeiros do estado registram mais de 4 mil incêndios em vegetações.
A ferramenta cruza imagens de satélite com focos de queimadas, direção e velocidade do tempo, tipo de relevo e vegetação. O resultado é uma estimativa sobre o risco de um incêndio florestal e o tamanho da área de mata que pode ser atingida.
Pesquisadores da UFMG desenvolvem tecnologia para ajudar a prevenir e combater incêndios florestais
Reprodução/TV Globo
O sistema que tem acesso livre na internet vem sendo utilizado para ajudar a prevenir e combater focos de incêndio em propriedades rurais e unidades de conservação.
“Ela pode ser utilizada para saber quais locais são mais propensos para terem incêndios de maior proporção e indicar onde pode ser construída, por exemplo, áreas de aceiros para evitar que o fogo passe para essas regiões sensíveis ou regiões que possam ter incêndios de maior impacto”, explica o pesquisador Ubirajara Ribeiro.
Os pesquisadores afirmam que a taxa de acerto do sistema chega a 89%. O projeto começou a ser desenvolvido em 2017 e, neste ano, foi publicado na revista de divulgação científica Nature.
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Câmeras flagram suspeito que soltava fogos de artificio em parque
A vigilância feita por câmeras também ajuda no combate aos incêndios florestais no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça. O monitoramento cobra 70% da área e as imagens podem ser ampliadas em até 36 vezes.
Em 2022, uma delas registrou a ação de um suspeito que soltava fogos de artificio e provocou um incêndio que destruiu mais de 230 hectares do parque.
“Antes a gente tinha de 20 a 30 minutos de resposta quando o fogo já está muito mais avançado, e hoje, com as câmeras, reduziu para 10 minutos. Então é muito rápido esse atendimento e precisa ser”, destaca Henrique Dubois, gerente Parque Estadual da Serra do Rola-Moça.
Veja a reportagem completa no vídeo acima.
Pesquisadores da UFMG desenvolvem tecnologia para ajudar a prevenir e combater incêndios florestais
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