Coronel da PM-DF diz que secretário interino ‘foi enganado ou dolosamente enganou’ Ibaneis

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Interinamente no posto, Fernando Souza Oliveira encaminhou áudio ao governador afirmando que se tratava de ‘manifestação totalmente pacífica’. Coronel da PM Jorge Eduardo Naime depõe à CPI dos Atos Golpista nesta segunda-feira (26).
Waldemir Barreto/Agência Senado
O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime Barreto disse à CPI dos Atos Golpistas nesta segunda-feira (26) que o secretário de segurança em exercício no dia da depredação da Esplanada, Fernando de Souza Oliveira, “ou foi enganado ou dolosamente enganou o governador [do DF, Ibaneis Rocha]”.
Na ocasião, Oliveira ocupava interinamente o cargo de secretário de segurança, já que o titular da pasta, Anderson Torres, tinha viajado de férias para os Estados Unidos.
No dia 8 de janeiro, pouco antes do ataque, Oliveira encaminhou um áudio a Ibaneis afirmando que se tratava de uma “manifestação totalmente pacífica” e que o “clima” estava “bem tranquilo e ameno”.
Em depoimento à CPI, Naime afirmou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) criou um grupo de mensagens instantâneas um dia antes do ataque, alertando órgãos de segurança pública sobre o risco de invasão de prédios.
“Eu acho absurdo as informações que estão nesse relatório [da Abin] e o chefe que estava em exercício na Secretaria de Segurança Pública passando mensagem para o governador que estava tudo tranquilo. Ou ele foi enganado ou ele dolosamente enganou o governador, passou informações erradas para o governador”, afirmou.
“Quando os senhores [senadores] lerem o relatório da Abin, os senhores vão ver que as informações foram passadas para esse grupo com precisão e com tempo possível para que fosse refeito o planejamento feito na sexta-feira”, disse.
Ainda de acordo com Naime, “se a cadeia de comando tivesse sido cumprida”, ele próprio – que estava de férias desde o dia 3 de janeiro – teria sido chamado para retornar ao posto.
“Se a cadeia de comando tivesse sido cumprida, o próprio comandante-geral [da Polícia Militar] teria me determinado voltar ao trabalho naquela própria semana, coisa que não aconteceu, eu só fui acionado no domingo [data do ataque], já às 16h. O que aconteceu? As informações não chegaram”, declarou.
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