Relatório aponta risco para passageiros no terminal de ônibus no ES e Crea pede mudanças

Levantamento foi feito pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espirito Santo (Crea-ES), no último dia 19, atendendo pedido da Assembleia Legislativa. Terminal de Itaparica é reaberto em Vila Velha
Divulgação/ Governo do ES
A estrutura do Terminal de Itaparica, em Vila Velha, Na Grande Vitória, possui danos e avarias que necessitam de correção imediata e já representa risco para os passageiros, é o que aponta um relatório feito pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espirito Santo (Crea/ES), divulgado nesta quinta-feira (7).
Compartilhe no WhatsApp
Compartilhe no Telegram
O relatório foi produzido a partir de uma vistoria técnica realizada no terminal de ônibus no dia 19 de fevereiro.
Foram encontrados problemas tanto na membrana que cobre o terminal – popularmente chamada de lona – quanto nos dispositivos de captação e drenagem de água, cabos de aço e peças metálicas que sustentam toda a estrutura.
Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp
A vistoria técnica foi feita a convite da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).
“Vamos acionar o Ministério Público Estadual e Federal – se houver também recursos federais investido, não sabemos se existe. O que não permancer é esse estado absurdo em que se encontra hoje o Terminal de Itaparica”, disse o presidente do Crea-ES, Jorge Silva.
Lona do Terminal de Itaparica destruída pela chuva desta quinta-feira (13)
Reprodução/TV Gazeta
Ao final do relatório, o Crea-ES orientou que seja fieto um estudo para avaliar a substituição total ou parcial da cobertura do terminal por outro material. Ou então que se mude o desenho da cobertura, para que a água da chuva não fique acumulada.
O conselho também orientou que sejam feitos estudos para verificar se a lona da cobertura atende aos critérios do projeto. Sugeriu ainda a produção de um laudo para provar que a estrutura metálica suporta o peso da água que fica acumulada durante as chuvas.
O Crea/ES também orientou que sejam feitas vistorias e manutenções contínuas enquanto não houver uma solução definitiva para os problemas identificados no Terminal de Itaparica.
“Existem avarias em cima das membranas tensionadas, precisamos sas especificações dessas lonas utilizadas. Nós temos problemas serrísimos de corrosão, principalmente em algumas partes metálicas e grampos. Temos deslocamentos, há necessidade de troca parcial ou total de membranas, cones com ferrugem invertidos, com má constituição, principalmente em termos da soldagem. E a drenagem é totalmente deficiente”, disse o presidente do Crea Jorge Silva.
Detalhes do relatório
Chão do terminal de Itaparica fica alagado durante chuva, no ES
Reprodução/ TV Gazeta
O relatório do Crea/ES traz fotos que detalham os problemas encontrados no terminal. Entre os pontos destacados, estão:
O conselho identificou o descolamento do adesivo no ponto de emendas entre as partes da cobertura.
Foram constatados furos e rasgos na cobertura.
Em certo ponto, é possível notar corrosão em parafusos e grampos que travam cabos de aço que sustentam a cobertura.
Um refletor elétrico, fixado perto de um ponto onde houve o descolamento da emenda, pode provocar risco em contato com a umidade.
Foi identificada uma tubulação provisória acima da lona, para ajudar a escoar a água da chuva.
O tecido da cobertura está deformado, com pregas, o que também pode representar risco de rompimento.
O que diz o governo

A Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-ES) informou que profissionais da empresa contratada para o reparo de toda a cobertura do Terminal de Itaparica continuam atuando diariamente no local. A parte danificada por um usuário, na última sexta-feira (1º), já foi completamente recuperada e suspensa.
Segundo a empresa, a água se acumulou naquele ponto pois, neste momento, partes da membrana estão destensionadas para realização dos reparos. A Ceturb explicou que a empresa contratada está preparada para lidar com o acúmulo de água durante o período de manutenção, com bombas de sucção e outros equipamentos para escoamento. Os profissionais estavam agindo durante a chuva, porém, a cobertura foi danificada pela ação de um intruso.
A companhia disse também que a obra está dentro do prazo de execução, que é de 90 dias, e, após a finalização, o acúmulo de água em alguns pontos da cobertura do Terminal será solucionado.
A Ceturb informou que já contratou um relatório técnico, que está sendo finalizado, para embasar a licitação do serviço de manutenção periódica, preventiva e corretiva, de toda a cobertura.
A companhia afirmou que o material da cobertura é uma tecnologia confortável e resistente, pois suporta muito peso, não é inflamável e absorve até 92% de raios UV em altas temperaturas, o que mantém o clima ameno na área interna, já que as membranas fazem trocas de calor.
Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo
Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo

Adicionar aos favoritos o Link permanente.