Créditos rurais voltados a ações de sustentabilidade são tendência para o futuro e assunto do TecnoAgro, em Uberlândia

Especialista no tema, o advogado Marcus Reis explica mudanças para o futuro no cenário dos créditos e a participação de financiamentos privados. Evento voltado para o agro acontecerá em julho. Agronegócio no Maranhão, foto de arquivo
Reprodução/TV Mirante
O agronegócio é o principal setor da economia brasileira e impulsiona o crescimento do país. O acesso a créditos rurais é uma peça-chave, por proporcionar recursos aos produtos e ajudar o setor a girar.
Novas tendências de créditos, porém, valorizam ações de sustentabilidade, um dos assuntos do TecnoAgro, evento que vai reunir inovação, capacitação e tecnologia no campo em Uberlândia em julho.
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Quem vai palestrar sobre o tema no evento é o advogado Marcus Reis, especialista no assunto com publicações relacionadas a crédito rural.
O advogado acompanha o cenário dos créditos e ressalta as mudanças que ocorrem, principalmente voltado para a questão sustentável.
“O crédito rural como nós conhecíamos, já está ficando para trás. Vem aí um financiamento ‘tecnificado’, que volta seus olhos para a tecnologia e principalmente para a sustentabilidade ambiental”, contou.
Um dos exemplos práticos dessa mudança, segundo Reis, é o programa ABC+, do Governo Federal.
“[O programa] é voltado especificamente para projetos ambientais socialmente sustentáveis. Então, se você unir tecnologia com a necessidade de sustentabilidade que o mundo exige do agronegócio brasileiro, esse painel de crédito rural é imperdível para você que quer ver seu agronegócio prosperar”.
O Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, mais conhecido como Plano ABC, já vigora no Brasil há mais de 10 anos e visa incentivar produtores rurais a adotarem práticas sustentáveis.
A primeira fase do ABC vigorou entre 2010 e 2020 e incluiu técnicas como plantio direto, recuperação de pastagens degradadas, tratamento de dejetos animais, sistemas de integração, florestas plantadas e bioinsumos.
A nova etapa, chamada de ABC+, irá vigorar até 2030 e a cada dois anos, as metas e as tecnologias poderão ser revistas. O objetivo é reduzir a emissão de 1,1 bilhão de toneladas de CO2.
Fontes privadas
Advogado Marcus Reis
Reprodução/TV Integração
Outro ponto importante para o futuro é que, segundo o advogado, o “governo vai ocupar cada vez mais infraestrutura, agricultura familiar e vai deixar para o setor mais pujante da economia brasileira a sua própria autorregulação”.
“As fontes privadas do agronegócio estão muito modernas, flexíveis e oxigenadas […] Fundos internacionais estão vindo financiar diretamente o agricultor brasileiro. O Governo Federal sozinho nem de perto da conta de toda a necessidade de crédito ano após ano”, completou.
Ainda de acordo com Reis, é necessário também proteger o produtor rural e os financiadores privados. Ele também aponta que o trabalho de financiamento neste caso não é totalmente do governo.
“Vem se tentando direcionar os recursos oficiais para programas sociais e infraestrutura, que na realidade é a grande especialidade do governo federal. Emprestar dinheiro é coisa de bancos e bancos privados. O governo é bom em infraestrutura, projetos de longo prazo e a sustentabilidade”, afirmou.
Diante da situação, a questão ambiental é fundamental para que os produtores desenvolvam projetos nas áreas de créditos rurais, já que além do Governo Federal, o setor privado também se interessa por esse incentivo.
“É muito lucrativo, e mais, aquele que não se atentar a produção ambiental sustentável não vai conseguir vender a sua produção”, finalizou.
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