Dólar volta a cair e fecha a R$ 4,94, após dados de emprego nos EUA virem abaixo do esperado; Ibovespa sobe


A moeda norte-americana recuou 0,21%, cotada a R$ 4,9452. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira operava em alta na última hora do pregão. Dólar opera em baixa
Karolina Grabowska
O dólar fechou em baixa nesta quarta-feira (6), após dados de emprego nos Estados Unidos terem vindo abaixo do esperado no relatório ADP Employment.
Investidores ainda monitoraram o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos e repercutiram a divulgação do Livro Bege, um documento do Fed com os principais dados econômicos do país.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, operava em alta na última hora do pregão.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Ao final da sessão, o dólar recuou 0,21%, cotado a R$ 4,9452. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
retração de 0,19% na semana;
queda de 0,55% no mês;
e avanço de 1,91% no ano.
No dia anterior, a moeda norte-americana teve alta de 0,16%, cotado a R$ 4,9556.

Ibovespa
Já o Ibovespa operava em alta na última hora do pregão.
Na véspera, o índice teve queda de 0,19%, aos 128.098 pontos.
Com o resultado, acumulou quedas de:
0,84% na semana;
0,71% no mês;
e 4,54% no ano.

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Sem grandes destaques na agenda doméstica, as atenções dos investidores mais uma vez ficam com o quadro internacional, com o foco do mercado se direcionando às falas do presidente do Fed, Jerome Powell, que deve falar no Congresso americano hoje e amanhã (7).
A estimativa é que o banqueiro central dê novas sinalizações sobre quando as taxas de juros norte-americanas devem começar a reduzir. Atualmente, os juros no país estão entre 5,25% e 5,50% ao ano e há muita expectativa sobe o início dos cortes.
Antes da última reunião do Fed, muitos analistas acreditavam que a primeira redução poderia acontecer em março. Mas, com a instituição avisando que não vê espaço para um corte tão em breve, as projeções mudaram e, agora, a maioria acredita que essas reduções devem começar no meio do ano, entre junho e julho.
Nesse sentido, outro foco do dia fica com os dados de emprego do relatório ADP Employment, com números dos empregos privados nos Estados Unidos. A criação de vagas de trabalho ficou um pouco abaixo do esperado em fevereiro, com 140 mil postos de trabalho no setor privado. Em janeiro, foram 111 mil, em dado revisado para cima.
Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 150 mil vagas no mês passado, em comparação com os 107 mil relatados anteriormente em janeiro.
Na sexta (8), sai o payroll, o mais importante relatório do mercado de trabalho do país. De acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas, a estimativa é que o Departamento do Trabalho informe a abertura de 160 mil vagas de emprego no setor privado no mês passado, depois de 317 mil em janeiro.
A projeção ainda é que a abertura total de postos de trabalho fora do setor agrícola seja de 200 mil, contra 353 mil no mês anterior, enquanto a expectativa é que a taxa de desemprego permaneça em 3,7% e que o crescimento anual dos salários diminua de 4,5% em janeiro para 4,4%.
Esses dados são observados com atenção porque um mercado de trabalho ainda muito aquecido pode continuar gerando pressão inflacionária sobre a economia.
Por outro lado, se os números vierem abaixo do esperado ou mostrarem uma desaceleração da geração de empregos, é sinal de que as taxas elevadas estão pressionando a economia e isso pode servir de incentivo para que o Fed inicie seu ciclo de corte nos juros em breve.
*Com informações da Reuters

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