Mais de 20 bairros da capital têm abastecimento de água interrompido por conta de bombas danificadas pela cheia; veja lista

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Flutuante virou devido ao aumento do nível do Rio Acre e foi necessário parar totalmente a ETA II. Por volta de 1h da madrugada desta quarta (6), problema foi resolvido e 80% do abastecimento está garantido. Bombas de captação viraram de cabeça para baixo por conta do alto nível do Rio Acre, em Rio Branco
Asscom/Saerb
As atividades da Estação de Tratamento de Água II (ETA II) precisaram ser interrompidas após o flutuante virar, na noite desta terça-feira (5), devido o aumento do nível do rio Acre. Há quatro dias, o abastecimento de água em Rio Branco tinha sido reduzido desde que balseiros atingiram as bombas de captação de água. O problema já havia sido resolvido, porém outro dano foi causado.
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De acordo com o diretor-presidente do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), Enoque Pereira, em um vídeo divulgado nas redes sociais, o flutuante virou e foi necessário parar totalmente a ETA II. “Não tem como dar vazão para mandar pra cima pra tratar, então parou tudo aqui. Aqui tem correnteza, tronco de árvore, então o esforço está sendo feito”, disse.
Pereira explica que as três bombas estavam de cabeça para baixo, o que torna inviável o funcionamento do local. O diretor ainda disse que as equipes iriam ao local ainda a noite para avaliar e tentar realizar a recuperação. “Já chegou um grupo de pessoas, pra poder a gente começar a trabalhar aqui a nossa ETA. Até mais tarde, não sei que hora, estamos planejando ainda pra poder recuperar essa vazão”, afirmou.
Segundo Pereira, a ETA II trata 1.000 litros de água por segundo e as dificuldades com as bombas estão acontecendo há semana. “Uma semana nós estamos tentando e recupera uma parte, danifica a outra, e ainda há pouco aconteceu isso”, disse.
A equipe do Saerb esclarece que encontrou diversos desafios para conseguir substituir a balsa submergida, pois as águas chegaram a invadir a passagem de entrada para a ETA II. Por volta da 1h da manhã, as equipes mecânicas e elétricas conseguiram concluir a manutenção e restabelecer aproximadamente 80% da capacidade de captação.
Ainda conforme o Saerb, parte do abastecimento na capital será normalizado a partir desta quarta-feira (6), mesmo com as dificuldades que vêm ocorrendo há mais de 10 dias, com quebras constantes de bombas devido aos troncos de árvores.
No entanto, em outras regiões, devido a esse outro problema, haverá um atraso maior no restabelecimento de água para os moradores da capital (veja abaixo).
Bairros que terão abastecimento interrompido:
Bairro Placas
Raimundo Melo,
Reserva do Bosque
Bairro Novo Cruzeiro.
Rua Joaquim Macedo,
Oscar Passos ll e lll
Adalberto Sena,
Xavier Maia,
Wanderley Dantas,
Loteamento Céu Azul,
Conj. Solar
Conj. Procon
Vila Ivonete
Conquista
Manoel Julião
Nova Estação
Geraldo Fleming
Jardim América
Avenida Antônio da Rocha Viana, até a Afeletro.
Conj. Village
Parte da Avenida Getúlio Vargas, até a escola Lourenço Filho.
Bairros onde haverá abastecimento durante as próximas seis horas
Castelo Branco
Bela Vista
Mascarenhas de Moraes
Abraão Alab
Estação Experimental
Ivete Vargas
Centro
Bosque
Cohab do Bosque
Aviário
Base
Morada do Sol
Tropical
Cadeia Velha
Habitasa
Adalberto Aragão
São Francisco
O Saerb informa que não há prazo para que seja normalizado o abastecimento e que, neste último caso, pode ser que nem todos os bairros sejam abastecidos.
Equipes do Saerb consertaram bombas de captação durante a madrugada
Asscom/Saerb
O nível do Rio Acre na capital acreana oscilou nas últimas 24 horas. Na manhã desta quarta-feira (6), a medição apresentou a metragem de 17,84 metros apresentando diminuição de dois centímetros frente à ultima medição de terça, e mesmo número apresentado na terça-feira (5), no mesmo horário, segundo a Defesa Civil de Rio Branco. No entanto, às 9h, o manancial subiu cinco centímetros e chegou à maior marca deste ano: 17,89 metros (veja evolução do nível do rio no gráfico abaixo).
Rio Branco continua acima dos 17 metros e segue próximo da maior cota histórica já registrada, que é de 18,40 metros em 2015. Essa já é a segunda maior cheia da história, desde que a medição começou a ser feita, em 1971.
Em 2024, já são 48 bairros e 18 comunidades rurais atingidos pela cheia em Rio Branco, e mais de 4 mil pessoas precisaram deixar suas casas segundo a prefeitura da capital, com dados desta quarta (6). A Energisa, companhia responsável pela distribuição de energia elétrica no Acre, já são mais de sete mil imóveis com fornecimento suspenso.
Em todo o estado, pelo menos 27.919 pessoas estão fora de casa, dentre desabrigados e desalojados, segundo a última atualização feita pelo governo do estado nesta quarta (6). Além disso, 19 das 22 cidades acreanas estão em situação de emergência por conta do transbordo de rios e igarapés. Ao menos 23 comunidades indígenas no interior do Acre também sofrem com os efeitos das enchentes e quatro pessoas já morreram em decorrência da cheia.
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