Vítima de tragédia no Litoral Norte de SP relembra próprio soterramento e morte da avó: ‘Ficou abraçada comigo’

A casa de Jessyca da Silva desabou sobre a família na madrugada que teve a maior chuva já registrada no Brasil. Vítima de tragédia no Litoral Norte de SP relembra próprio soterramento e morte da avó: ‘Ficou abraçada comigo’
Os repórteres Chico Bahia e Júlia Sena voltaram a São Sebastião duas semanas após a tragédia que matou 65 pessoas no Litoral Norte de São Paulo. Os desabrigados que estavam nas escolas públicas acabaram realocados temporariamente em pousadas da região.
Esse não foi o caso da Rosana da Silva, que perdeu a casa no deslizamento da Vila Sahy, mas não conseguiu uma vaga nas pousadas porque a família ficou hospitalizada.
Ela teve um abrigo na casa da patroa de uma amiga, mas não sabe para onde vai depois. A filha de Rosana, Jessyca da Silva, relembra como foi ficar soterrada por horas.
“A minha avó ficou abraçada comigo, rosto a rosto, por três horas. Até conseguirem resgatar ela e me resgatar”, conta Jessyca. Quando a ajuda chegou, no entanto, a avó já estava sem vida.
“A gente acordou com a casa caindo em cima da gente de madrugada. Perdi a minha mãezinha e meu marido está machucado”, completa Rosana.
O Profissão Repórter desta terça (20) voltou a São Sebastião quatro meses após a tragédia que devastou o Litoral Norte de São Paulo. Foi o maior acumulado de chuva em 24 horas: 682 milímetros. A equipe também retornou ao Morro do Bumba, em Niterói (RJ), que enfrentou um deslizamento em 2010.
Veja a íntegra do programa abaixo:
Edição de 20/06/2023
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