Conheça Negro Rudhy, rapper que faz música de resistência há 24 anos em Florianópolis

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Músico apresenta o show “Ghetto Forever”, nesta sexta-feira (16), no Teatro Álvaro de Carvalho. Negro Rudhy
Divulgação
O rapper Negro Rudhy, de 39 anos, já passou mais tempo da vida na música do que fora dela. Há 24 anos fazendo rap em Florianópolis, ele garante que “a resistência já está no sobrenome” dele.
Manezinho da Ilha de Santa Catarina, o músico apresenta o show “Ghetto Forever”, nesta sexta-feira (16), no Teatro Álvaro de Carvalho.
Ao lado de Sam Costa (guitarra), Cristiano Gaspar (baixo), Rilton Mascarenhas (teclados), Tiago Magno (bateria), DJ Monkey e Ana Freitas, Shay Muska e Komay (vozes), o artista vai apresentar músicas dos dois álbuns e dois EPs autorais.
“Quando eu falo que resistência está no meu sobrenome, é porque a gente sabe o quanto é difícil fazer rap, fazer parte da cultura negra dentro de um estado que a gente sabe como é preconceituoso. Sobreviver 24 anos ativamente dentro dessa cultura é significante”, afirmou.
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Antes do rap, o samba
A música chegou na vida de Negro Rudhy antes mesmo de começar a trabalhar com rap. Há 27 anos, ainda na adolescência, começou a compor samba, seguindo os passos do pai.
“Eu sou rapper desde que ouvi Racionais, aos 14 anos. Escrevi minha primeira letra aos 16 e quis isso para a minha vida. Não me arrependo de nada, faria tudo de novo se fosse preciso”, comenta.
Mais de duas décadas depois, ele conta que muita coisa mudou na cena musical na Capital, e está animado para novas produções. Em 2024, Rudhy pretende lançar um novo álbum em comemoração aos 25 anos de carreira.
“O hoje está bom demais. Não tínhamos produtores, não tínhamos estúdios que nos olhassem como artistas, o que tínhamos era muito escasso. Mas valeu demais aquela época, serviu como aprendizado. […] Acredito que a espaço pra todos os gostos”.
Negro Rudhy
Divulgação
Ele enfatiza a necessidade de levar o rap para os teatros e cinemas da região, como o Centro Integrado de Cultura (CIC), também em Florianópolis.
“São como lugares abertos, porém claro, de maneira diferente. É nosso. Ali também está a cultura. O Rap e a cultura Hip Hop precisam ocupar esses espaços, e eu estou aqui pra fazer isso, e fazer com que os meus também criem essas expectativas, vontades de estarem nesses espaços”.
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