MP-SP analisa plano de investimentos da ViaMobilidade para reduzir falhas em trens

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Concesseionária ofereceu R$ 87 milhões de indenização e antecipação de investimentos de cerca de R$ 600 milhões. Trem descarrilha na linha 8-Diamante, da ViaMobilidade
Reprodução/TV Globo
Uma audiência de conciliação aconteceu nesta quinta-feira (15) entre o Ministério Público de São Paulo, a bancada feminista do PSOL na Assembleia Legislativa e a ViaMobilidade para tentar resolver um impasse sobre o contrato da empresa.
O MP informou que a concessionária apresentou um plano de investimentos para reduzir as falhas. O órgão, que anteriormente recomendava a extinção do contrato, agora defende que o serviço continue sendo prestado pela empresa.
A ViaMobilidade ofereceu R$ 87 milhões de indenização e antecipação de investimentos de cerca de R$ 600 milhões, mas nada foi assinado até a quinta.
O CAEx (Centro de Apoio à Execução), órgão auxiliar do Ministério Público, está verificando se, tecnicamente, a proposta resolverá os inúmeros problemas frequentes sofridos por usuários do transporte.
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Nesta quinta-feira (15), a juíza não concedeu uma decisão liminar sobre o encerramento do contato com a empresa, como pedia a bancada do PSOL, e espera a manifestação do MP.
“Nós entendemos que essa empresa já mostrou que não tem capacidade de gerir um contrato como esse, uma linha tão importante, na verdade duas linhas tão importantes, que prejudicam tanto a população não só da cidade de São Paulo, mas também da Grande São Paulo”, disse Paula Nunes, deputada estadual pelo PSOL.
“A empresa nos últimos 20 dias apresentou uma proposta mais robusta de investimento de cerca de R$ 600 milhões e pagamento de uma indenização. Mesmo assim, nós dependemos da avaliação técnica dos engenheiros que atuam nessa área de trens para verificar se a proposta faz sentido, se ela resolve mesmo os problemas e também nós dependemos da avaliação do próprio estado de São Paulo, que é o poder concedente”, afirmou o promotor Silvio Marques.
O representante da ViaMolidade que estava na audiência não quis falar com a TV Globo.
Manhã de caos
Usuários do transporte sobre trilhos enfrentaram uma manhã de caos nesta quinta (15), na cidade de São Paulo.
Problemas foram registrados nas linhas 5-Lilás, 4-Amarela e 9-Esmeralda, da ViaMobilidade, e a Linha 3-Vermelha, do Metrô.
A Linha 8-Diamante, da ViaMobilidade, enfrentou oscilação de energia, mas não sofreu impacto nos intervalos entre os trens.
Segundo a ViaMobilidade, a falha na Linha 5-Lilás ocorreu na sinalização e ocorreu às 4h42 entre as estações Moema e AACD-Servidor. Os trens circularam de forma manual no trecho e com maior tempo de parada nas estações. Foram mais de quatro horas de transtornos até a normalização.
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Segundo os usuários, a linha foi toda comprometida. Os avisos sonoros na Linha 5-Lilás demoraram cerca de duas horas para informar os passageiros sobre os problemas na via.
Uma multidão de passageiros (foto abaixo) aguardava para embarcar nas plataformas. Seguranças fizeram o controle do fluxo por conta da lentidão no sistema, que não deu conta da demanda.
Já na Linha 4-Amarela, o problema ocorreu por conta de uma questão elétrica entre as estações Pinheiros e Vila Sônia.
A circulação de trens foi paralisada no trecho a partir das 8h45, enquanto a operação seguia ativa entre as estações Faria Lima e Luz. O problema foi resolvido mais de 30 minutos depois.
Passageiros enfrentam manhã de caos na Linha 5-Lilás
Hermínio Bernardo/TV Globo
A Linha 9-Esmeralda, apresentou oscilação de energia no começo da manhã, o que ocasionou em operação com velocidade reduzida entre as estações Ceasa e Cidade Jardim. “Técnicos atuam para restabelecer o sistema”, disse a ViaMobilidade.
A linha 8-Diamante apresentou oscilação de energia entre as estações Antonio João e General Miguel Costa das 7h40 até 9h, mas não houve impacto nos intervalos entre os trens, de acordo com a ViaMobilidade.
No Metrô, os passageiros da Linha 3-Vermelha precisaram deixar um trem por conta de falha na estação Artur Alvim, a Zona Leste da capital paulista, o que causou operação com velocidade reduzida e maior tempo de paradas entre 7h11 e 7h19. Após esvaziamento, o trem com defeito foi recolhido ao pátio de Itaquera.

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