Binance é condenada a pagar US$ 4,3 bilhões por violar leis contra lavagem de dinheiro


Maior corretora de criptomoedas do mundo deixou de comunicar às autoridades sobre mais de 100 mil transações suspeitas ocorridas dentro de sua plataforma. Changpeng Zhao, ex-CEO da corretora de criptomoedas Binance em foto de arquivo
Reprodução/YouTube Binance
O juiz distrital Richard Jones, de Seattle, nos EUA, aceitou nesta sexta-feira (23) a confissão de culpa da Binance por violar leis federais contra lavagem de dinheiro. Com isso, a maior corretora de criptomoedas do mundo terá de pagar multa de mais de US$ 4,3 bilhões, segundo a Reuters.
Jones aprovou o apelo que inclui uma multa cerca de uma hora depois de o governo propor mudanças no título do fundador da Binance, Changpeng Zhao, atraindo uma objeção dos advogados do chinês — ele renunciou ao cargo em novembro do ano passado.
Segundo as agências regulatórias e a Justiça americana, a Binance violou leis de prevenção à lavagem de dinheiro e sanções. As autoridades do caso e do Tesouro dos Estados Unidos concluíram que a corretora priorizou os seus lucros sobre as obrigações legais da companhia dentro do país.
A Binance deixou de comunicar às autoridades sobre mais de 100 mil transações suspeitas ocorridas dentro de sua plataforma.
Essas transações envolvem grupos terroristas, como o Estado Islâmico, hackers, sites de venda de conteúdos de abuso sexual de crianças e outros criminosos.
Em comunicado divulgado na sexta-feira (23), a Binance disse que aceitou a responsabilidade, que atualizou seus protocolos de combate à lavagem de dinheiro e “conheça seus cliente” e que fez “progressos significativos” em direção às mudanças exigidas no acordo de confissão.
Zhao está em liberdade nos Estados Unidos após pagar fiança de US$ 175 milhões, depois de também se declarar culpado de violações de lavagem de dinheiro. Seu apelo incluía uma multa de US$ 50 milhões e exigia que ele deixasse o cargo de presidente-executivo da Binance.
Os advogados de Zhao não responderam imediatamente ao pedido de comentário feito pela Reuters.
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