Brasileira que foi para a Ucrânia e ucranianos que vieram para o Brasil: as vidas mudadas pela guerra

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O conflito armado entre Ucrânia e Rússia completa dois anos neste sábado. Conheça a história de quem mudou de país e de vida nesse período. Brasileira que foi para a Ucrânia e ucranianos que vieram para o Brasil: as vidas mudadas pela guerra
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera que a invasão da Ucrânia gerou a maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Aqui no brasil, o Paraná foi o estado que mais recebeu ucranianos que fugiram do conflito, mas também teve gente que fez o caminho contrário.
A paulista Clara morava na Alemanha e, há dois anos, percorreu quase mil quilômetros pela Polônia até a Ucrânia para ajudar brasileiros a fugir. E decidiu ficar.
Junto com outros brasileiros, Clara fundou a “Frente Brazuca”, ONG que distribui comida, água e medicamentos na região de Dnipro. Clara trocou um emprego pelo voluntariado e o conforto por uniformes de guerra.
“Ao vivo você vê que é impossível fugir e que a sobrevivência quando tem ataque aéreo aqui é simplesmente sorte”, diz a brasileira, mostrado os itens que leva no carro em que transita pela Ucrânia.
No dia a dia de Clara, o cenário é de destruição. O mesmo que Kateryna e Dmytro viam até junho de 2022, quando fizeram o caminho contrário.
Ucranianos Kateryna e Dmytro vieram para o Brasil em programa de intercâmbio para acolher refugiados.
TV Globo/Reprodução
A casa deles em Kharkiv foi bombardeada no dia em que chegaram a Jacarezinho, no Paraná.
Os dois são professores de direito e estão entre os 19 pesquisadores que fugiram da guerra através de um programa de intercâmbio. O programa de acolhida a cientistas ucranianos foi lançado no Paraná logo depois que a guerra começou. Trouxe refugiados que encontraram trabalho, segurança, e – em troca – têm muito a ensinar.
“Eles engajaram a comunidade científica em novos projetos Internacionais, qualificando o nosso ensino superior”, explica Eliane Segali, coordenadora de Projetos Internacionais da Fundação Araucária.
Svitlana chegou há apenas sete meses e decorou o apartamento com as cores da Ucrânia. Ela trabalhava com orientação científica em Kiev e faz o mesmo no Brasil, com alunos de pós-graduação em Curitiba. Ela quer voltar para a Ucrânia, assim como Kateryna e Dmytro.
“Nós vivemos esses dias, esse dia, graças a Deus, graças ao Brasil. O amanhã, não sabemos”, diz.
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