Morre Luiz Carlos Borges, aos 70 anos

Luiz Carlos Borges

Morreu Luiz Carlos Borges, cantor, compositor e acordeonista, aos 70 anos, na noite desta quarta-feira (10). Segundo informações da Rádio Gaúcha, o artista sofria com problemas de aneurisma de aorta, que chegou a ser solucionado em algumas cirurgias, mas que teve complicações na intervenção mais recente.

De acordo com a família, Luiz Carlos Borges estava internado desde o dia 29 de março no Hospital São Francisco, em Porto Alegre, e morreu ao lado dos familiares.

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Luiz Carlos Borges deixa a esposa, Andressa Camargo, e cinco filhos: Luís Ariano, Naiana, Sibelle, Luizinho e Gregório, além dos netos, genros, sobrinhos e irmãos.

O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) lamenta profundamente a morte do cantor, compositor e acordeonista Luiz Carlos Borges. A instituição prestou recentemente uma homenagem ao artista, um dos importantes artistas da música regional do Rio Grande do Sul, em seu aniversário de 70 anos, comemorado no último mês de março. Respeitosamente, o Ecad se solidariza com familiares e amigos neste momento de grande tristeza.

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Luiz Carlos Borges deixa um legado de 269 obras musicais e 721 gravações cadastradas no banco de dados da gestão coletiva da música no Brasil. “Baile de fronteira”, uma parceria com Mauro Ferreira, foi a sua canção mais tocada no país nos últimos 10 anos. Já a mais regravada até o momento foi “Romance na tafona”, uma parceria com Maria Helena Dutra Machado. O artista deixará saudade a todos os amantes da música regional brasileira. Seus herdeiros continuarão a receber os rendimentos por 70 anos após sua morte, como determina a lei do direito autoral (9.610/98).

Ranking das músicas de autoria de Luiz Carlos Borges mais tocadas nos últimos 10 anos nos principais segmentos de execução pública (Rádio, Shows, Sonorização Ambiental, Música ao vivo, Casas de Festas e Diversão, Carnaval e Festa Junina)

1. Baile de fronteira – Luiz Carlos Borges / Mauro Ferreira
2. Tropa de osso – Zanatta / Luiz Carlos Borges
3. Florencio Guerra Luiz Carlos Borges / Mauro Ferreira
4. Peñarol – Luiz Carlos Borges / Mauro Ferreira
5. De véio pra véio – Luiz Carlos Borges
6. Perdido num baile de fronteira – Luiz Carlos Borges / Elton Saldanha
7. Caçapavana – Luiz Carlos Borges / Mauro Ferreira
8. Coração de gaiteiro – Luiz Carlos Borges / Mauro Ferreira
9. Baile de corredores – Luiz Carlos Borges
10. Na chama do chamamé – Luiz Carlos Borges / Elton Saldanha

Top 5 das músicas mais regravadas de autoria de Luiz Carlos Borges

1. Romance na tafona – Luiz Carlos Borges / Maria Helena Dutra Machado
2. Tropa de osso – Zanatta / Luiz Carlos Borges
3. Florencio Guerra – Luiz Carlos Borges / Mauro Ferreira
4. Baile de fronteira – Luiz Carlos Borges / Mauro Ferreira
5. De véio pra véio – Luiz Carlos Borges
6. Perdido num baile de fronteira – Luiz Carlos Borges / Elton Saldanha

A Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) lamentou a morte de Luiz Carlos Borges por meio de nota.

“A Secretaria de Estado da Cultura recebe com muita tristeza a notícia do falecimento do gigante da música nativista, Luiz Carlos Borges.

O artista deixou sua marca na cultura gaúcha e sua partida é uma perda imensurável. Um dos nomes mais respeitados no tradicionalismo, Borges dedicou quase 60 anos de sua vida à música, estando sempre acompanhado por seu acordeão.

Natural de Santo Ângelo e músico desde muito pequeno, estreou sua carreira solo com “Tropa de Osso”, premiada na 9ª edição da Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, em 1979. Borges participou e venceu diversos festivais, tendo atuado como jurado, idealizador e organizador do Musicanto Sul-Americano de Nativismo na cidade de Santa Rosa.

Deixa 35 discos lançados, 269 composições e 720 gravações registradas. Com um estilo próprio de conduzir e compor com a gaita, tinha como características a improvisação e a intensidade ao tocar o instrumento, mesclando referências das músicas de baile e de festivais com ritmos como o jazz e o blues.

Luiz Carlos Borges tem gravações em parceria com músicos como Yamandu Costa e Mercedes Sosa, com quem gravou “Misionera” (2019), no último álbum que a argentina lançou.

Algumas vezes foi tropeiro e outras foi tropa. Agora, noutras andanças, seguirá vivo em seu legado que já se faz eterno”, diz o texto.

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