Febre maculosa: pesquisa brasileira mostra resultados promissores contra carrapato transmissor

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Nos testes já feitos, as pesquisadoras colocaram anticorpos contra uma proteína fundamental para a sobrevivência do carrapato. Assim, quando o carrapato se alimenta do sangue de um bicho, ele morre. Pesquisadoras da USP estão desenvolvendo vacina para matar o carrapato
Reprodução/TV Globo
Casos recentes de mortes provocadas por febre maculosa após um evento realizado em uma fazenda no interior de São Paulo tem chamado a atenção para a doença e como ocorre a transmissão, que tem como vetor o carrapato estrela (saiba mais abaixo).
Uma pesquisa subsidiada com dinheiro público no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo pode oferecer um caminho eficaz para controlar a doença: uma vacina que mata justamente o carrapato.
A pesquisa é da Marcelly Nassar, com orientação da professora Andrea Fogaça. A ideia é desenvolver um imunizante veterinário para os animais silvestres como a capivara, mas também para animais domésticos.
Nos testes já feitos, as pesquisadoras colocaram anticorpos contra uma proteína fundamental para a sobrevivência do carrapato. Assim, quando o carrapato se alimenta do sangue de um bicho, ele morre.
Ela explica o motivo do foco da pesquisa ser em uma vacina para os animais e não para os humanos
“O número de casos da doença é pequeno em humanos, pois o humano é um hospedeiro acidental. Os hospedeiros preferenciais são animais domésticos e silvestres, como equinos, capivara e o cão”, diz Marcelly.
Segundo a pesquisadora, controlando a densidade populacional dos vetores de febre maculosa brasileira, o número de casos tende a cair também.
Os resultados são promissores: mais de 90% dos carrapatos que ingeriram os anticorpos morreram. A pesquisa ainda precisa verificar se o anticorpo da vacina não é tóxico para animais.
Febre maculosa: pesquisa brasileira mostra resultados promissores contra carrapato transmissor
Reprodução/TV Globo
Casos recentes
O Instituto Adolfo Lutz confirmou que a adolescente de 16 anos morta na terça-feira (14) estava com febre maculosa. Esse é o quarto caso confirmado de morte por causa da doença de uma pessoa que foi a uma fazenda em Campinas — Interior de São Paulo.
Outras duas pessoas que foram ao mesmo local estão internadas com suspeita da doença. O resultado do exame PCR de Érissa santana, que morreu na terça-feira, deu positivo para febre maculosa. Ela tinha sido internada no dia 9 de junho.
Nesta semana, o Instituto Adolfo Lutz já havia confirmado a mesma causa de morte para Douglas Costa, Mariana Giordano e Evelyn Karoline Santos.
Douglas, Mariana e Evenlyn participaram de uma festa no dia 27 de maio em uma fazenda em campinas, no interior paulista.
Feijoada do Rosa: festa onde três contraíram febre maculosa em Campinas tinha 3,5 mil pessoas e acontece há 22 anos
O que dizem os citados?
O Instituto Adolfo Lutz confirmou que a adolescente de 16 anos morta na terça-feira estava com febre maculosa.
A prefeitura de Campinas disse que a fazenda santa margarida só vai poder voltar às atividades depois que apresentar um plano de contingência ambiental.
A fazenda Santa Margarida disse que mantém um rigoroso processo de manutenção e cuidados em relação ao espaço.
A organização da “Feijoada do Rosa” disse que está à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento que se mostre necessário.
Embora a febre maculosa seja uma doença grave e com alta letalidade, ela tem baixa incidência no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, este ano, já foram confirmados no país 54 casos da doença com nove mortes. Vale sempre repetir:
Os médicos reforçam a importância de procurar atendimento assim que surgirem os primeiros sintomas.

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