Agências de viagens dão uma trombada na Localiza

As agências de viagens corporativas estão dando uma verdadeira trombada na Localiza. O fato é que as maiores empresas do país associadas à Abracorp (Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas) estão em processo de avaliação sobre a continuidade de suas parcerias comerciais com a Localiza, de aluguel de carros.

De acordo com a associação, houve uma mudança radical no modelo comercial anteriormente estabelecido entre os envolvidos.

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“A decisão vem em resposta à preocupação com a estabilidade dos contratos já firmados entre as agências e seus clientes. Esses contratos foram estabelecidos com base em um modelo anterior, e a mudança imprevista e unilateral poderá causar um cenário de instabilidade no custo de distribuição do produto e nas finanças das agências, além de provável inexequibilidade dos contratos celebrados e vigentes”, afirma a Abracorp em nota divulgada à imprensa.

Somente em 2023, as agências associadas à Abracorp movimentaram mais de R$ 400 milhões em locação de veículos, sendo que cerca de 60% desse valor (R$ 240 milhões) corresponde a vendas realizadas com a Localiza.

Para a associação, somente o diálogo entre as agências e a Localiza poderá encontrar soluções que garantam a continuidade dos negócios de ambas as partes.

“Estamos comprometidos em oferecer os melhores serviços e soluções para nossos clientes corporativos. No entanto, a repentina alteração nos coloca em uma posição delicada, onde precisamos reavaliar nossa parceria para garantir a estabilidade dos contratos existentes. Existem outras empresas de locação de veículos, nacionais e regionais, que podem suprir tranquilamente esse volume que entregamos à Localiza”, comentou um representante de uma das agências associadas à Abracorp.

Neste momento, as agências buscam alternativas e avaliam o impacto financeiro e operacional de uma possível interrupção das vendas com a Localiza. Segundo elas, o objetivo é encontrar uma solução que respeite os termos e condições originais celebrados e que minimize os impactos negativos nos negócios e paralelamente preserve os interesses de seus clientes corporativos.

A ISTOÉ DINHEIRO procurou a Localiza, mas não obteve resposta até a publicação do conteúdo.

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