Mulher é baleada a caminho do trabalho, na Zona Leste de SP; ex-marido é suspeito

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Câmeras de segurança flagraram o momento em que um homem de boné e máscara atira contra a vítima. Após revista, PM encontrou oito armas de fogo na casa do ex-companheiro da mulher. Ele alegou ser colecionar, negou o crime e foi liberado. Uma mulher foi baleada a caminho do trabalho, no Jardim Aricanduva, na Zona Leste de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (21).
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Câmeras de segurança registraram a ação do responsável pelos tiros, que seguiu a vítima pela Avenida Aricanduva e atirou contra ela na porta de seu trabalho.
Depois da ação, o homem sai correndo e a mulher cai sentada no chão. Ela ainda tenta chamar ajuda pelo celular, mas acaba sendo socorrida por pessoas que passavam pelo local.
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A vítima, de 42 anos, foi atingida na perna, nas costas e no peito e foi socorrida ao Hospital Santa Marcelina, em Itaquera. O estado de saúde não foi divulgado pelo hospital, mas o chefe da mulher relatou que ela está bem, consciente e recebendo visitas.
Segundo a Polícia, a suspeita é que o crime seja caracterizado como feminicídio e que tenha sido cometido pelo ex-marido da vítima, de 41 anos.
Diante da suspeita, a PM foi a casa do homem e encontrou oito armas de fogo com documentação. O armamento e o celular do suspeito foram apreendidos.
O ex-companheiro da vítima foi conduzido até o Distrito Policial (DP) de Teotônio Vilela, onde o caso é investigado. Ele negou o crime, afirmou ser colecionador de armas e foi liberado.
Como perceber os sinais do feminicídio
Apesar do número total de feminicídios na cidade ter sofrido queda, Marília Moreira, diretora do Instituto AzMina, responsável pelo aplicativo PenhaS revela que é preciso ter cuidado.
“É bem importante deixar claro como funciona. Ninguém se envolve com a pessoa sabendo que vai ser vítima”, diz. “Então, é importante a gente identificar as três principais fases do ciclo da violência, entender como ele funciona, pra gente também tomar medidas de quebra dele um pouco antes”.
Segundo a especialista as três fases são caracterizadas da seguinte maneira:
1. Aumento da tensão
Momento em que o agressor se mostra irritável com pequenas coisas. Nessa fase também podem ser observadas as crises de ciúmes e controle.
2. Ato de Violência
Nessa etapa, acontece a agressão de fato, quando o criminosos perde o controle.
3. Arrependimento
Segundo Moreira, essa fase pode não acontecer em alguns casos. Mas, quando ocorre, o agressor demonstra carinho, se mostra arrependido, pede desculpas e afirma que aquilo não acontecerá de novo.
Ainda segundo Moreira, após a mulher aceitar esse ciclo na primeira vez, ele se repete.
“Quando o relacionamento está no grau extremo de abuso, essas fases não são muito perceptíveis enquanto fases. Elas se encavalam”, explica.
“Se você está sentindo que o seu relacionamento tem essas explosões e, logo depois, vem uma fase de lua de mel, em que o agressor se sente arrependido e você se sente culpada, esses são sinais de que pode chegar, sim, muitas vezes, ao feminicídio”, finaliza.
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