Homem é condenado a 4 anos por ter causado a morte de amigo após bater veículo a 130 km/h no litoral de SP

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Allan Bomfim Silveira foi julgado no Fórum de Santos, no litoral de SP. Acidente ocorreu na madrugada de 8 de julho de 2016. Ele foi condenado a 4 anos de prisão em regime aberto por homicídio culposo. Allan foi condenado a 4 anos de prisão em regime aberto por homicídio culposo
G1
O motorista do veículo que bateu em um poste e causou a morte do jovem Patrick Cerodio, de 21 anos, em julho de 2016, em Santos, no litoral de São Paulo, foi condenado a 4 anos de prisão em regime aberto por homicídio culposo [quando não há intenção de matar] nesta quarta-feira (14). Allan Bonfim Silveira, de 26 anos, também está proibido de dirigir durante o cumprimento da pena.
Segundo apurado pela TV Tribuna, afiliada da Rede Globo, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) consultou a mãe da vítima sobre apresentar uma denúncia de dolo eventual [quando o réu não quer o resultado, mas assume o risco] na morte de Patrick, de quem Allan era amigo.
A mãe da vítima, no entanto, revelou ao promotor que não ficaria com o coração em paz com a situação. Diante do posicionamento, o MP-SP retirou dolo eventual da denúncia – poderia elevar a pena do réu de 6 para 20 anos de prisão.
Sobre o acidente
O acidente aconteceu na madrugada de 8 de julho de 2016, quando o motorista perdeu o controle do veículo e bateu em um poste na Avenida Washington Luiz, no bairro Gonzaga. Patrick, de 21 anos, estava dentro do veículo e teve o braço decepado na porta. Mesmo após ter sido socorrido e levado à Santa Casa de Santos, onde recebeu cuidados médicos, não resistiu aos ferimentos.
Na época do fato, a delegada do 7° Distrito Policial (DP), Lilian Rodrigues, decidiu indiciar Allan porque, mesmo ele não tendo a intenção de matar, dirigia em velocidade muito acima do limite permitido, sendo imprudente e assumindo o risco do que poderia acontecer.
Acidente aconteceu na madrugada de 8 de julho de 2016, no Canal 3, no Gonzaga, em Santos, SP
g1
Durante as investigações, a equipe de peritos da Polícia Civil constatou em análises que o veículo estava a uma velocidade de, pelo menos, 130 km/h no momento do acidente. A via permite que veículos trafeguem a no máximo 50 km/h.
Histórico de acidentes
Em depoimento à polícia, Allan afirmou que não havia se envolvido em nenhum acidente em 2015. No entanto, os investigadores responsáveis pelo caso apuraram que em outubro daquele ano o jovem se envolveu em um acidente de trânsito dentro do condomínio em mora em Santos – o automóvel teve perda total.
Caixa misteriosa
De acordo com o depoimento de testemunhas, registrado em boletim de ocorrência, Allan jogou um objeto que estava no porta-malas do carro no canal e fugiu. A cena foi registrada pelas câmeras de monitoramento que registraram o acidente.
Ao se apresentar à polícia pela primeira vez para prestar depoimento, Allan afirmou que o objeto se tratava de uma arma de airsoft [modalidade esportiva que faz uso de armas de pressão] guardada em uma caixa. No entanto, testemunhas afirmaram à polícia que viram Allan ingerindo whisky na porta de uma casa noturna, momentos antes do acidente.
Por conta desse depoimento, os investigadores do 7º DP de Santos voltaram a analisar as imagens e constaram que objeto retirado do porta-malas se assemelha a caixa de bebida descrita pela testemunha, como “retangular e estreita”, diferente de uma caixa utilizada para guardar arma de airsoft.
Poste de luz ficou destruído após colisão em Santos, SP
G1
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