Após 3 anos, Justiça de SP condena Anaflávia Gonçalves e 2 cúmplices por assassinar a família dela e queimar os corpos

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O plano era roubar R$ 85 mil que estariam em um cofre na casa da família em Santo André, mas o grupo não conseguiu. Então, eles roubaram objetos e assassinaram o casal e o filho. Após 3 anos, Justiça de SP condena Anaflávia Gonçalves e 2 cúmplices por assassinar a família dela e queimar os corpos
JN
A Justiça de São Paulo condenou uma mulher que matou uma família com a participação de dois cúmplices e ainda queimou os corpos. O crime ocorreu há três anos na região do ABC, em São Paulo.
Pela morte do pai e da mãe, Anaflávia Gonçalves foi condenada a 61 anos, 5 meses e 23 dias de prisão. Ao ouvir a sentença, a avó materna dela lamentou que a neta não tenha sido responsabilizada pelo assassinato da terceira vítima: o próprio irmão.
“Ela que levou os bandidos lá. Como ela não vai responder que ela matou pai e mãe só? E o irmão? Quem vai brigar pelo meu neto? Quem vai pedir justiça?”, questiona Vera Lúcia Chagas da Conceição, avó de Anaflávia.
O julgamento de Anaflávia começou na segunda-feira (12), no Fórum de Santo André, no ABC Paulista. A sentença saiu na madrugada desta quarta-feira (14). Outros dois acusados de roubar, matar e queimar a família também foram condenados pelo júri popular. A pena aplicada a Guilherme da Silva foi de 56 anos, e 74 anos para Carina Ramos – então namorada de Anaflávia.
“Ela esperava uma pena bem mais alta. Então essa pena, embora alta, foi uma pena que foi satisfatória para ela. Lembrando que ainda tem nosso recurso de apelação e isso pode ser reduzido, essa pena lá no tribunal”, diz Fábio Costa, advogado de Carina.
Em janeiro de 2020, o casal Romuyuki e Flaviana Gonçalves e o filho deles, Juan Victor, foram assassinados.
Câmeras de segurança registraram os três condenados, além de Juliano e Jonathan Ramos, entrando e saindo da casa da família em Santo André. O plano era roubar R$ 85 mil que estariam em um cofre, mas não conseguiram. Então, eles roubaram objetos e assassinaram o casal e o filho. No dia seguinte ao crime, os corpos foram encontrados carbonizados dentro do carro da família.
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Juliano e Jonathan Ramos dispensaram a defesa no dia do júri, o que, segundo os advogados dos outros réus, prejudicou o julgamento do caso.
“A gente vê aí uma nulidade que a gente consegue entrar com recurso, que a gente pode tentar diminuir essa dosimetria de pena, que a gente achou até pesada. Ou então, a gente até anular o processo, recomeçar esse júri”, diz Leonardo José Gomes, advogado de Anaflávia e de Guilherme.
O julgamento de Juliano e Jonathan ficou para agosto.
“A expectativa é continuar trabalhando para que eles também tenham uma sentença que seja compatível com a brutalidade daquilo que eles cometeram. E é isso que nós vamos estar aguardando”, afirma Epaminondas de Farias, assistente de acusação.

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