AM ocupa 2º lugar com mais indígenas matriculados no ensino superior do país

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Com o avanço no acesso ao ensino superior, o estado enfrenta novos desafios. Número de indígenas cursando o ensino médio aumenta em 300% no país nos últimos 10 anos
O Amazonas é o segundo estado do Brasil com mais indígenas matriculados no ensino superior, são 8,29% do total de indígenas efetivados no ensino superior do país. Com o aumento no acesso à faculdade, o estado enfrenta um novo desafio: será que o modelo de ensino voltado para o mercado de trabalho se adapta à realidade dos indígenas?
A coordenadora do curso de licenciatura indígena na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Ivani Ferreira, afirma que não dá para pensar em um modelo unificado com cultura e povos diferentes. “Significa que cada povo precisa ter uma educação e com isso, um processo de escolarização diferente”, pontua a professora.
Pensando nisso, a Ivani Ferreira fez parte da criação do curso de licenciatura indígena da Ufam, onde cada etnia desenvolve a própria grade curricular. A criação desta ação possibilita que os indígenas possam atuar nos problemas específicos de cada povo.
Aluno da primeira turma, Maximiliano Tukano, diz que essa modalidade permite o melhor aproveitamento do ensino para os indígenas.
“A gente aprende a enxergar melhor, do ponto de vista indígena, os assuntos que vão servir para o desenvolvimento do nosso povo, quais são as nossas verdadeiras necessidades de ensino!”, completa o professor.
Matrículas no Brasil
Em 2011, o Brasil tinha 9.764 alunos que se identificavam com indígenas cursando um curso do ensino superior. Dez anos depois, em 2021, esse número saltou para 46 mil. O crescimento representa um salto de cerca de 374% nas matrículas de pessoas que se declararam como descendentes de indígenas.
Os dados são de um levantamento do Instituto Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil, com base em dados do Censo Demográfico 2010 e do balanço do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e do Censo da Educação Superior, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
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