Parque de acidentes

Por um lado, uma cidadania incapaz de verificar se vale a pena correr riscos em troca de descargas de adrenalina; por outro, empresários em busca de lucro nem sempre atentos à manutenção; por fim, um poder público omisso.A repetição e a gravidade de acidentes em “parques de diversões” exigem a atuação intensiva das equipes de fiscalizações com o fim de prevenir novos casos e punir os infratores.Para quem aprecia as geringonças com proposta de entretenimento, não se pode aceitar a ocorrência de acidentes como o do bairro de Cajazeira 10, onde um jovem precisou ter o braço amputado após sofrer fratura exposta no “brinquedo”.Andrei ficou com um membro superior retido no equipamento chamado ‘intoxx’, um dos mais empolgantes, de acordo com os frequentadores da localidade chamada Pronaica, enquanto a irmã Andréia sofreu graves ferimentos no rosto.Como costuma ocorrer, os órgãos públicos não trabalham com o conceito de prevenção, antevendo possibilidades de falha, mas apenas quando já foi lavrado o boletim, entram em campo de forma mais efetiva.Um exemplo desta conduta é a continuação do funcionamento do espaço, mesmo após a Defesa Civil de Salvador (Codesal) ter emitido notificação e o embargo, exigindo a um profissional habilitado avaliar se havia segurança suficiente.A Polícia Civil enquadrou o episódio como lesão corporal de natureza grave, resultando em perda ou inutilização do membro; os representantes do empreendimento foram intimados e o equipamento vai passar por perícia.Um indício de negligência ou falta de rigor no controle destas atividades é o fato de já terem sido interditadas as atividades em janeiro, mas os responsáveis conseguiram  obter  alvará de funcionamento.Uma pesquisa em sites noticiosos de vários estados  e no acervo de A TARDE indica estar longe de exceção o caso em tela, banalizando-se o mal de encontrarem dor e sofrimento os adquirentes de tickets para subir em mecanismos giratórios e similares.
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