População de Guaratiba começa a ser vacinada contra a dengue em estudo sobre a eficácia do imunizante

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Campanha também abrange os bairros de Pedra de Guaratiba e Ilha de Guaratiba e não faz parte do programa de imunização. Prefeitura do Rio faz estudo com vacina da dengue aplicada em adultos
A Prefeitura do Rio de Janeiro começou a vacinar nesta sexta-feira (16) 20 mil moradores da região de Guaratiba contra a dengue. A ação é para um estudo da eficácia do medicamento e não faz parte do calendário de imunização.
Pauliane Soares, autônoma, foi a primeira a ser vacinada contra a dengue no Rio. “Eu tô me sentindo muito privilegiada, é uma gratificação enorme. Aqui em Barra de Guaratiba tem muito foco de dengue, e essa vacina chegou num momento muito bom para a gente aqui”, disse.
A moradora faz parte do grupo de 20 mil pessoas da região com idades entre 18 e 40 anos que vão fazer parte do estudo da Fiocruz, do Ministério da Saúde, com participação da Prefeitura do Rio.
Daniel Soranz aplica vacina da dengue em teste em Guaratiba
Reprodução/TV Globo
A pesquisa vai durar 2 anos com resultados parciais a cada 6 meses. Os cientistas buscam saber qual é a exata eficácia da vacina nos adultos. Eles vão avaliar casos de internações e mortes e o comparar o comportamento do vírus entre os vacinados e não vacinados.
Dos 21.692 casos de dengue registrados esse ano na cidade do Rio, 135 foram em Barra de Guaratiba. Já a região completa — que também engloba Guaratiba, Pedra de Guaratiba e Ilha de Guaratiba — tem até agora 1.319 registros.
A vacinação acontece na unidade Morão Filho, em Barra de Guaratiba, até o dia 24. A partir deste dia, uma nova abertura da campanha acontece para toda a região.
O secretário municipal de saúde do Rio, Daniel Soranz, diz que outras características explicam a escolha do bairro para a pesquisa.
“Guaratiba é uma região incrível do Rio de Janeiro, mas tem uma alta incidência de dengue. E tem uma vantagem, que é uma população que não migra muito, que não é fechada. Essa população também tem um bom registro nos prontuários eletrônicos das equipes de saúde da família e, além disso, tem a característica da maioria da população brasileira, e é uma área em que a gente tem 3 sorotipos do vírus da dengue circulando”, explica o secretário.
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