Menina curada de leucemia escreve carta agradecendo médica que a acompanhou: ‘Melhor doutora do mundo’

‘Fiz essa carta para te agradecer por tudo que você fez para mim’, disse Alice Alamini Mariano, de 11 anos. Tratamento durou quase três anos. Carta escrita por Alice como forma de agradecimento a médica que participou de seu tratamento, em Goiânia
Arquivo Pessoal
Três anos depois de ter sido curada da leucemia, Alice Alamini Mariano, de 11 anos, escreveu uma carta de agradecimento à médica que a acompanhou durante o tratamento, em Goiânia.
“Fiz essa carta para te agradecer por tudo que você fez para mim, pelo tratamento certo, pelos remédios certos e por todo o resto. Esses dois anos fora me fizeram perceber que você é a melhor doutora do mundo, já ia me esquecendo”, diz a carta.
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A mãe de Alice, Renata Alamini, contou á reportagem que a própria filha teve a ideia e escreveu a carta como um presente para a hematologista Leandra Queiroz, que a família chama carinhosamente de ‘doutora Lê”. “Todas as médicas delas são pessoas que a gente leva para sempre e que a gente confia muito”, contou a mãe.
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Alice e médica Leandra durante tratamento contra a leucemia, em Goiânia
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“Muito obrigada por me livrar do câncer e graças a você, hoje estou viva”, escreveu a menina.
“Eu acho que, com essa demonstração, ela [Dra. Leandra] conseguiu perceber a plena confiança, amor, carinho e principalmente gratidão que a Alice e nós, pais e família, temos por ela.. Jamais vamos conseguir agradecer e demonstrar amor suficiente para ela. Ela salvou a nossa filha, ela salvou a nossa vida, a nossa família”, disse Renata.
Alice foi diagnosticada quando a família ainda morava na cidade natal, em Santa Catarina. Durante o tratamento, se mudaram para Goiânia por conta do trabalho do pai. “Hoje estamos completando mais ou menos três anos e meio livre de toda a medicação”, explicou a mãe. O tratamento para leucemia linfoide aguda foi realizado no Hemolabor, de dezembro de 2017 até setembro de 2020.
Gratidão
Foi com gratidão que a médica Leandra Queiroz recebeu a cartinha e o carinho de Alice. À reportagem, a especialista contou que recebeu a carta próximo ao seu aniversário, e que foi pega de surpresa com o gesto.
“Eu não esperava. Mas senti gratidão, porque a gente faz com amor, eu trabalho com amor, trabalho tentando vê-los [as crianças] bem, da melhor forma possível, para não traumatizá-los, porque o tratamento dura dois anos. Então, o objetivo é tentar tornar o processo o mais leve possível, e vejo que estou tentando sempre fazer o meu melhor”, afirmou a médica.
Alice atualmente, curada da leucemia
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Câncer infantil
O Dia Internacional do Câncer na Infância acontece nesta quinta-feira (15), com o objetivo de conscientizar a população sobre a necessidade de diagnóstico precoce, comumente confundido com outras doenças infantis.
Sobre a própria experiência, Renata disse que Alice ainda não tem consciência do que passou. “A criança precisa deixar de ser criança e passar a fazer algumas coisas complicadas, chatas, doídas, que precisam ser feitas. A gente sempre conversava muito com ela, ela tinha total noção de tudo que ela precisava fazer, do risco, de tudo que poderia vir a acontecer. Eu acho que pelo fato de ser criança, ela não tem noção da gravidade da doença que ela teve”, disse Renata.
No Brasil, o câncer representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). “Confie no seu filho. Se ele fala que ele está com alguma dor ou com alguma coisa, confia, dá uma vistoriada e jamais, em hipótese alguma, medique seu filho sem consultar um especialista”, disse Renata sobre a importância do diagnóstico.
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