Pai, enfermeiro do Samu, quase atendeu ocorrência da filha picada mais de 500 vezes por abelhas no ES

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Alice Soares Albino de 9 anos segue internada sem previsão de alta, mas apresentou melhora e está tomando anti-inflamatórios. Menina perdeu avô e bisavô em acidente e depois foi atacada por abelhas. Alice Soares Albino segue internada em hospital do Espírito Santo após receber mais de 500 picadas de abelha
Acervo pessoal
A pequena Alice Soares Albino, de 9 anos que levou mais de 500 picadas de abelha após sofrer um acidente de carro e perder o avô e o bisavô em Montanha, no Norte do estado, segue internada sem previsão de alta. As informações são do pai da menina, Celso Ruella Albino. O enfermeiro contou ao g1 que a criança está interagindo e que no dia do acidente chegou a ser acionado para atender a ocorrência.
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Celso contou que é enfermeiro e atua no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e que estava trabalhando no dia que a filha sofreu o acidente. Ele disse que chegou a ser acionado para a ocorrência sem saber que Alice era uma das vítimas.
“Eu estava de plantão no dia e fui acionado. Estava a caminho do local do acidente, mas como tinha outras ambulâncias mais próximas, elas atenderam primeiro. Eu estava trabalhando há 1h30 de distância de onde aconteceu o acidente”, relatou.
Demorou até o pai ter notícias da filha e conseguir fazer com que ela fosse transferida para um hospital que fosse referência para o tratamento.
“Eu fiquei sabendo depois que ela chegou no hospital de Montanha. Quando ela deu entrada no hospital um colega meu me ligou falando que era a minha filha, aí a preocupação aumentou”, disse.
Alice, de 9 anos, sofreu acidente de carro e depois levou mais de 500 picadas de abelha no Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
Recuperação

Agora, o pai acompanha esperançoso cada melhora da filha.
“É dia após dia agora. Pela situação lá, pelo local onde que aconteceu o acidente, se não tivesse uma ação divina, minha filha hoje não estaria aqui”, comentou.
O pai e a mãe Renata Soares dos Santos estão se revezando para ficar no hospital com a filha e tiraram uma foto na manhã desta quinta-feira (15) mostrando que Alice está se recuperando bem, mas ainda não tem previsão de alta.
“Ela continua sendo monitorada. Na sexta-feira vai passar por novos exames, mas ela já saiu da sala vermelha, está andando, falando, passeando pelo hospital inteiro. Isso é um processo que leva alguns dias, mas a gente consegue ver o desenvolvimento, a melhora dela, apesar da gravidade por causa da quantidade de picadas”, explicou Celso.
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O enfermeiro comentou que agora os médicos estão focados acompanhando o processo inflamatório da Alice diminuir.
O fato de a menina não ser alérgica a picadas de abelha ajudou para que a o caso não ficasse ainda mais grave.
“É o processo de desinchar. Ela tá conseguindo se alimentar, respirando ar ambiente. Como as picadas deram um efeito nefrotóxico, agredindo o rim devido as toxinas, então é necessário fazer um monitoramento do rim, para se precisar fazer alguma intervenção”, disse o pai.
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O Hospital Maternidade São José em que a menina está internada divulgou uma nota falando que estado de saúde segue estável.
“A paciente encontra-se clinicamente estável, com evidente melhora das lesões de pele e permanece na enfermaria da pediatria, recebendo atenção próxima de nossa equipe médica. Até o momento, não há complicações significativas a relatar e sua condição geral permanece estável”, explicou a nota.
Os médicos estão trabalhando principalmente para cuidar as lesões na pele que ficaram após as picadas.
“O tratamento concentra-se em medidas de suporte para alívio de sintomas, incluindo o uso de analgésicos e anti-histamínicos. E cuidados locais específicos estão sendo aplicados para tratar as lesões de pele. Baseado na evolução atual, prevemos uma recuperação completa da paciente nas próximas semanas. A equipe do Hospital Maternidade São José continua monitorando de perto sua condição, ajustando o tratamento conforme necessário para assegurar uma recuperação otimizada”, finalizou o hospital.
Colmeia de abelhas estava próximo ao local onde carro caiu no Espírito Santo e as abelhas começaram a atacar Alice
Reprodução/TV Gazeta
Relembre o caso
Alice, José Pereira Novais de 77 anos, e o bisavô, Paulo Soares Ribeiro, de 96 anos sofreram um acidente na ES-130, zona rural de Montanha. O avô e o bisavô morreram no acidente, mas a menina sobreviveu e foi atacada por um enxame de abelhas e levou mais de 500 picadas após conseguir sair do carro.
Avô e bisavô de Alice morreram em acidente em rodovia estadual no Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
Segundo a polícia, o avô perdeu o controle do veículo e caiu em uma ribanceira.
Acidente aconteceu na zona rural de Montanha, no Norte do Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
Testemunhas que passavam pela região viram que a menina estava se debatendo muito e chorando e conseguiram socorrê-la, chamando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Algumas pessoas disseram que até chegaram a jogar terra para tentar afastar as abelhas da criança.
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