Lavagem nasal infantil: como o lúdico pode ser o maior aliado na hora de limpar o nariz

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Pediatras recomendam o procedimento como rotina diária de bebês e crianças. Pediatras estimam que crianças em idade escolar podem ter doenças respiratórias de 4 a 10 vezes por ano
AGPMED Divulgação
Um vídeo de uma bebê de 10 meses fingindo desmaio para não lavar o nariz viralizou nas redes sociais. A mãe chegou a dizer que ela deveria ser atriz da Globo ao resistir ao procedimento de forma divertida. Marina Marinho, mãe da pequena Maria Helena, moradora do Rio de Janeiro, está certa em insistir. A lavagem nasal é cada vez mais recomendada por pediatras, otorrinos e fisioterapeutas respiratórios como um hábito que deve fazer parte da rotina diária de bebês e crianças.
O otorrino-pediatra Ricardo Godinho, professor da PUC-MG, é um dos que reforça essa recomendação. “De acordo com a medicina, com base em evidências, a lavagem nasal é, sem dúvida, uma prática recomendada para as doenças nasais da infância, para melhorar a qualidade de vida de crianças com dificuldade de respirar pelo nariz. Talvez seja a modalidade de tratamento que tem a melhor relação custo-benefício, porque praticamente não temos efeitos colaterais e os benefícios são incontáveis”, destaca o especialista, que é autor do “Guia de Orientação para os Pais: Cuidando dos Ouvidos, Nariz e Garganta das Crianças”.
Nem sempre é fácil realizar o procedimento nas crianças, sobretudo quando são usadas seringas médicas ou outros objetos adaptados. O momento da lavagem nasal, no entanto, não precisa ser mais traumático. O NoseWash, dispositivo criado pela AGPMED em 2022, foi desenvolvido para possibilitar a aplicação do soro fisiológico de forma segura, eficaz e lúdica. Isso porque conta com adaptadores nasais que podem ser usados de acordo com a anatomia nasal da criança e traz maior segurança na hora da aplicação. O dispositivo traz também miniaturas de personagens no próprio produto para entretenimento de toda a família.
Lançado inicialmente nas versões cachorro, unicórnio, tubarão, Batman, Superman e Mulher Maravilh,; o NoseWash chega às farmácias e demais pontos de venda no Outono/Inverno de 2023 com a família aumentada. São mais três opções para crianças de até 3 anos nas versões pato, gato e leão – para volume de até 10mL – e o lançamento do inovador NoseWash Max, a garrafinha de alto volume e com controle de fluxo, com capacidade até 240mL e indicado para crianças a partir de 3 anos e adultos.
Família NoseWash: o primeiro dispositivo do mundo criado para lavagem nasal infantil de forma lúdica.
AGPMED Divulgação
“O NoseWash foi idealizado porque observamos que lavar o nariz de bebês e crianças com uma seringa médica/hospitalar estava diretamente associada às injeções tão temidas pelo público infantil. Nossa empresa já desenvolvia produtos amigos da criança, como abaixadores de língua com sabor e aroma, usados por pediatras, e dosadores de remédios no formato de foguete, além de espaçadores de inalação temáticos. Foi então que decidimos criar o dispositivo, que foi o primeiro do mundo com essa proposta lúdica e desenvolvido especialmente para lavagem nasal de bebês e crianças. Tudo foi pensando para que gerasse uma experiência divertida, segura e confortável. Toda linha é colorida, contém mascotes em miniatura no próprio dispositivo, tem adaptadores que protegem o nariz e não contém látex ou BPA, além de ser aprovado pela Anvisa e FDA”, enfatiza o diretor de negócios da AGPMED, Gustavo Reis.
O sucesso de vendas superou as expectativas e agora, com esses novos dispositivos lançados em 2023 (gato, pato, leão e as versões Max), todos terão ainda mais opções para escolher.
As garrafinhas de alto volume (compressíveis) com soro fisiológico conseguem não só lavar a cavidade nasal, mas também o interior dos ossos da face.
AGPMED Divulgação
“O NoseWash Max vem para transformar o mercado de lavagem nasal de alto volume. Nossa proposta é que o paciente tenha o controle do fluxo utilizado durante as lavagens. Por isso desenvolvemos um exclusivo mecanismo, onde o paciente seleciona se deseja um fluxo maior ou menor antes de iniciar a lavagem nasal. E, claro, não podia faltar o poder do lúdico nesse lançamento, então estamos lançando as apresentações do Unicórnio e Dinossauro, que contêm frascos coloridos e vibrantes, adesivos temáticos para as crianças personalizarem o produto, além de uma apresentação dedicada a adultos e crianças maiores”, completa Reis.
Depois da repercussão nas redes sociais, Marina Marinho ganhou os novos dispositivos NoseWash para testar e postou nas redes sociais o vídeo da filha brincando com os personagens e lavando o nariz numa boa. “Agora sem desmaios”, brinca.
NoseWash Max
Sejam gentis
O lúdico como aliado é também recomendado pelos especialistas: “Existem diferentes formas de lavar o nariz e cada criança reage e se adapta de forma individualizada. Existem medidas de lavagem nasal também indicadas para cada faixa etária, que sejam mais agradáveis. Para cada tipo de doença e gravidade de sintomas existe uma maneira de lavar o nariz, que vai ser a mais indicada. Fundamental, algo que perpassa por tudo isso, é que seja feita de forma gentil. A criança não pode sentir dor, a criança tem que colaborar com o processo, na medida do possível. Ela não pode se sentir desconfortável ao fazer a lavagem”, reforça o otorrino-pediatra Ricardo Godinho.
Como aplicar?
A fisioterapeuta respiratória Genai Latorre recomenda que a lavagem nasal seja realizada duas vezes ao dia em bebês e crianças que apresentem quadro viral e uma vez naqueles que não possuem problemas, mas que os pais queiram trabalhar a limpeza de maneira preventiva. E orienta:
– A aplicação deve ser realizada sempre com a criança sentada ou em pé, nunca deitada;
– A cabeça deve estar posicionada para frente e levemente inclinada na direção contrária a qual a narina será lavada;
– Durante a lavagem, mantenha a boca aberta;
– Usar sempre soro fisiológico (nunca água);
– É importante que o líquido esteja em temperatura ambiente ou morna, nunca gelada;
– Também não se deve aplicar o conteúdo com força ou rapidez. A pressão do jato deve ser suave e contínua para impedir a sensação de “afogamento”.
“Sabemos que lavar o nariz dos pequenos pode ser um desafio. Então, quanto menos traumático for o processo, melhor será o resultado. Contar com um produto lúdico e adaptado para esse momento pode facilitar a vida dos pais e responsáveis e aumentar a aderência ao tratamento por parte das crianças”, comenta a fisioterapeuta Genai Latorre.
Lavagem nasal pode reduzir doenças respiratórias
“Crianças com resfriados recorrentes se beneficiam de forma singular da lavagem nasal, sobretudo quando elas chegam da escola e pelo menos mais uma outra vez ao longo do dia. As crianças, de uma forma geral, podem adoecer de 4 a 10 vezes todos os anos de resfriados. Nos primeiros 4 anos de vida, principalmente quando entram na escola e passam a ter uma vida social mais intensa, elas podem ter um número maior de infecções respiratórias e resfriados. E algumas crianças terão um ritmo mais acentuado de resfriados por uma questão particular, por viverem em ambientes com mofo, com pais fumantes, ou são crianças com características imunológicas que facilitem a ocorrência de infecções. Essas crianças com resfriados recorrentes podem ter uma redução no número de resfriados e dias em que têm sintomas e alterações causadas pelos resfriados. Ou seja, a criança que está resfriada e usa a lavagem nasal de forma regular, durante o resfriado, tem uma melhora mais rápida”, destaca Godinho.
Rinite alérgica: como proceder?
“A lavagem nasal com solução de soro fisiológico é indicada para crianças com rinites que apresentam sintomas persistentes, que têm histórico de espirros, coceira, secreção e obstrução nasal, causada pela relação que elas têm com ácaro e mofo, ou pelo de animal. Essas crianças podem ter uma vida melhor quando fazem a lavagem nasal com soro pelo menos duas vezes ao dia, de forma regular. Introduzir a lavagem nasal como um dos compromissos da criança – como escovar o dente, cuidar do cabelo, tomar banho – é uma medida fundamental, com excelente relação custo-benefício para que elas vivam bem e precisem usar menos medicamentos para o controle dos sintomas associados às rinites”, orienta o otorrino-pediatra.
Corticoides + lavagem nasal
“O uso de corticoides nasais, na forma de spray nasal, é muito importante no tratamento das rinites. Uma vez que o nariz tem muita secreção, o corticoide nasal não é bem absorvido pela mucosa. Por isso, é fundamental lavar bem o nariz das crianças, antes que elas usem o medicamento. Preparar o nariz, dois ou três minutos antes de usar o spray nasal, vai ajudar numa absorção mais adequada e no efeito final melhor do tratamento das alergias e rinites crônicas de crianças”, esclarece Godinho.
Soro em spray de jato contínuo x lavagem nasal com dispositivo
“As garrafinhas de alto volume (compressíveis) com soro fisiológico são fantásticas para lavar o nariz porque conseguem não só lavar a cavidade nasal, mas também o interior dos ossos da face. É o único método que consegue lavar de forma eficiente o interior das cavidades nasais e são muito úteis para crianças com sinusite aguda e infecção nasal crônica. Elas vão se beneficiar dessa lavagem que sempre deve ser feita de forma muito gentil.
O soro fisiológico de jato contínuo é útil e fácil de transportar e usar, mas ele fornece um volume que não é comparável ao de dispositivos, seringas e garrafinhas. Então, nas crises, quando o nariz tem mais secreção, a gente dá preferência aos métodos que jogam mais soro dentro do nariz”, explica Godinho.
Confira outras dúvidas frequentes que vão ajudar você a cuidar do seu filho respondidas por Genai Latorre, fisioterapeuta respiratória.
1) Qual quantidade de soro fisiológico devo injetar?
O volume de soro fisiológico deve ser adequado ao tamanho do paciente. Para bebês até dois anos, utilize 5 ml de soro em cada narina. Acima de dois anos, podem ser usados 10ml de soro. A partir de quatro anos e em adultos, o volume deve ser superior a 20ml;
2) Quantas vezes posso fazer a lavagem nasal em bebês e crianças?
Todos os dias, inclusive várias vezes, principalmente durante o inverno e a primavera, meses em que as infecções e alergias respiratórias acontecem com mais frequência. A lavagem pode ser feita até que a secreção fique clarinha.
3) A lavagem nasal tem contraindicação?
Não tem e é, inclusive, recomendada para várias faixas etárias, inclusive em adultos e idosos.
4) A criança pode se engasgar durante a lavagem nasal? E se ela engolir o soro?
Se for feita do jeito certo, a lavagem não vai fazer com que o bebê se engasgue. E não tem problema engolir o soro.
5) O soro pode ir para o pulmão da criança?
Pode acontecer, mas será uma quantidade muito pequena. E como se trata de soro fisiológico, não há problema nenhum.
6) Pode causar otite?
Não, a lavagem nasal não causa infecção ou inflamação no ouvido, quando feita do jeito certo.
7) Não tenho soro fisiológico, posso usar água para fazer a lavagem nasal?
Não pode. A água vai provocar muita ardência no nariz e incomodar.

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