No Dia Mundial do Doador de Sangue, enfermeira lembra recuperação após transfusão: ‘Salvou minha vida’

no-dia-mundial-do-doador-de-sangue,-enfermeira-lembra-recuperacao-apos-transfusao:-‘salvou-minha-vida’

no-dia-mundial-do-doador-de-sangue,-enfermeira-lembra-recuperacao-apos-transfusao:-‘salvou-minha-vida’


Diagnosticada com aneurisma de artéria coronária (AAC), ainda grávida, Daniela Morais, de Taquarituba (SP) passou por diversos procedimentos e precisou de doação de sangue pare se recuperar. Daniele Morais precisou receber transfusão de sangue após diversos procedimentos médicos
Arquivo pessoal
Cada bolsa de sangue comporta 450 mililitros de esperança para quem está entre a vida e a morte. No Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado nesta quarta-feira (14), o g1 traz a história de uma enfermeira de Taquarituba (SP) salva pela atitude “heróica”.
Gestante, Daniele Morais decidiu fazer um check-up em uma clínica particular para iniciar o pré-natal. Apesar de deixar o consultório com a notícia de que sua saúde estava perfeita, ela agendou um atendimento através do Sistema Único de Saúde (SUS).
“O ‘menino dos olhos do SUS’ é o pré-natal. Quando cheguei com o exame [no posto de saúde], a médica estranhou e pediu uma avaliação da especialidade de obstetrícia cardiologia da Unesp”.
Cartilha mostra os direitos da gestante antes, durante e após o parto
“Não tinha grandes sintomas, apenas cansaço, tontura”, conta Daniele, que seguiu a orientação médica e se dirigiu ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB).
Ao ser atendida, os profissionais diagnosticaram a enfermeira com aneurisma de artéria coronária (AAC) – uma dilatação do principal vaso sanguíneo do corpo humano -, causada pela síndrome de Marfan “que eu não sabia que tinha, não tinha diagnóstico”, comenta.
A síndrome de Marfan é uma doença rara causada por mutações genéticas, que afeta o coração, vasos sanguíneos, pulmões, sistema nervoso central, além de ossos e olhos.
Síndrome de Marfan: entenda doença
Devido à gravidade do AAC, a paciente lembra que os médicos recomendaram o procedimento cirúrgico com urgência. “Olha como é o destino: quem cuida, acabou tendo de ser cuidado”, acrescenta Daniele, emocionada.
Pouco tempo antes de receber o diagnóstico, Daniele havia noivado e descoberto a gravidez. “Tudo o que uma pessoa quer na vida (…) E, de repente, nosso mundo desabou”.
Cirurgia
Após diversos exames, a paciente foi submetida a um procedimento cirúrgico de nove horas para corrigir o aneurisma – chamada de cirurgia de peito aberto.
“Mas infelizmente o meu bebê não resistiu”, conta Daniele, que teve de lutar contra o luto e ainda juntar forças para se recuperar de diversos procedimentos e entubações.
“Tive que tomar quatro bolsas de sangue para me recuperar. A doação de sangue salvou minha vida. É uma das coisas responsáveis por eu estar aqui hoje, contando a minha história”.
Ação incentiva doação de sangue entre caminhoneiros no interior de SP
Bruna Bonfim/g1
Doação de sangue
Existem 52 postos de coleta de sangue no interior de São Paulo, segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Confira a lista completa com endereços.
Itapetininga (SP) ainda não possui um ponto de doação de sangue. A prefeitura arrecadou R$ 207,5 mil em um leilão solidário da ExpoAgro 2023 para a instalação de um posto de coleta, que será montado no prédio da policlínica.
De acordo com a administração municipal, mais de 30 equipamentos serão comprados através de licitações para construir o projeto, estimado em mais de R$ 200 mil, que dará “independência nesta área para fornecer aos pacientes”, afirmou em nota.
Atualmente, os doadores precisam se deslocar até Sorocaba, a mais de 75 quilômetros.
Doações de sangue caem cerca de 40% em Sorocaba
Reprodução/TV TEM
Doações insuficientes
Dados do Ministério da Saúde (MinSaúde) indicam que apenas 14 em cada 1.000 habitantes doam sangue de forma regular.
Banco de Sangue de Sorocaba pede ajuda para reforçar estoque no inverno
A médica Beatriz Nery Nascimento, residente em hematologia e hemoterapia, diz que o baixo estoque de sangue no país é devido ao desconhecimento por parte da população “e medo quanto ao processo, que é simples, seguro e rápido”.
“São estas doações que permitem a realização de procedimentos, servem de ponte para tratamentos quimioterápicos, além de atenderem prontamente aos pacientes vítimas de traumas. Não há substitutos para estas unidades, fazendo com que as doações sejam fundamentais para que cirurgiões, oncologistas e hematologistas possam prestar atendimento adequado aos pacientes”, salienta a médica.
Separação de hemacias e plasma
Bruna Bonfim/g1
Condições para doar sangue
Não doar em jejum e, em caso de refeições pesadas, é necessário aguardar duas horas para a doação;
Ter idade entre 18 e 65 anos (adolescentes de 16 e 17 anos podem doar acompanhados pela mãe, pai ou tutor legal, ambos com documentos com foto);
Ter peso mínimo de 50 kg;
Estar em boas condições de saúde e não estar resfriado;
Não fazer uso de medicamentos e anti-inflamatórios;
Não estar grávida ou amamentando;
Não ser portador de chagas, sífilis, hepatite ou HIV;
Não ter tido convulsão após os 2 anos de idade;
Apresentar um documento com foto ou RG.
Quem se vacinou contra a Covid-19, tétano, gripe, hepatite e febre amarela, precisa esperar uma semana para doar sangue. Já quem teve reação à vacina, deve aguardar 30 dias.
Veja mais notícias no g1 Itapetininga e Região
VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

Adicionar aos favoritos o Link permanente.