Força-tarefa destrói 10 garimpos ilegais na Amazônia

Depois de 17 dias de atuação, a força-tarefa de Segurança Pública Ambiental na Floresta Nacional de Urupadi, localizada em Maués –região sul do Amazonas a cerca de 267 km de Manaus– destruiu 10 garimpos ilegais. Também foram aplicados R$ 4,5 milhões em multas.

A chamada Operação Aurum foi deflagrada em 18 de maio. O balanço da iniciativa, encerrada em 3 de junho, foi divulgado no sábado (10.jun.2023).

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A equipe de atuação é composta por agentes da PF (Polícia Federal), PRF (Polícia Rodoviária Federal) e da Força Nacional, além de servidores da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

Segundo a PF, foram apreendidas 13 escavadeiras hidráulicas, um trator esteira, 6 motocicletas, 3 quadriciclos, 61 barracos, 16 motores geradores de energia, 20 motores bombas, 7 dragas, além de 9 armas de fogo e outros equipamentos usados no garimpo ilegal, como embarcações e mercúrio.

ESPÉCIES RARAS

A Floresta Nacional de Urupadi foi criada em maio de 2016. Na mesma ocasião, o governo federal criou outras 4 UCs (unidades de conservação) federais e ampliou a área da Floresta Nacional Amana. As unidades de conservação são a Área de Proteção Ambiental Campos de Manicoré, a Reserva Biológica Manicoré, o Parque Nacional do Acari e a Floresta Nacional do Aripuanã.

Na ocasião, o ICMBio sustentou que a criação das novas unidades de conservação entre as bacias dos rios Madeira e Tapajós representava “uma nova fronteira de desenvolvimento socioambiental”. Elas reforçam as ações conservacionistas no sul do Amazonas, região que, segundo o instituto, é de extrema importância ambiental.

Ainda conforme o ICMBio, a região abriga exemplares de pássaros e primatas endêmicos, ou seja, que só são encontrados naquela área.

Só entre os primatas locais, há 3 espécies endêmicas (Mico manicorensisCallibella humilisCallicebus bernhardi) e 9 consideradas vulneráveis à extinção.

Especialistas também estimam que 800 espécies de aves vivam na região, equivalendo à quase metade de todo o conjunto de aves registradas no Brasil.

Além disso, algumas das aves encontradas na região ainda são pouco conhecidas por cientistas –que também já indicaram a possibilidade de haver, na região, espécies de peixes ainda não descritas por especialistas.

Ao criar e ampliar as unidades de conservação, em maio de 2016, o governo federal assegurou que a medida permitiria “o incremento da economia local baseado no manejo florestal sustentável” e que, em parte da área seria possível desenvolver o ecoturismo, dadas a beleza natural da região.

Quanto à Floresta Nacional de Urupadi, o Instituto Chico Mendes informou que a unidade proporcionaria “maior segurança para a Esec (Estação Ecológica) Alto Maués, contribuindo para a conservação de primatas que vivem na área”.

Com informações da Agência Brasil.

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