Duas crianças levantam doações para hospital infantil que atende pacientes com câncer no interior de São Paulo

Por ano, mais de 30 mil crianças são atendidas no hospital que é referência para o tratamento contra o câncer infantil para mais de 50 cidades do interior de São Paulo. As consultas, exames, cirurgias e até os medicamentos, quando os pacientes recebem alta, são oferecidos de graça. Um hospital especializado em câncer infantil recebe uma ajuda preciosa no interior de São Paulo.
A ação voluntária de duas crianças no interior de São Paulo está levando uma ajuda preciosa para um hospital especializado em câncer infantil.
A Ana Júlia, de oito anos, faz quadros para ajudar crianças que ela nem conhece.
“Eu vi na internet um vídeo de uma pessoa que tinha câncer. Ai eu quis…falei pro meu pai: ‘pai, eu quero ajudar pessoas que têm problemas’. Aí ele teve a ideia de fazer quatros pra ajudar as pessoas”, conta a Ana Júlia.
Ana Júlia, de oito anos, faz quadros para ajudar crianças com câncer.
TV Globo/Reprodução
Os quadros vão para internet e é o pai da Ana Júlia quem faz os anúncios nas redes sociais.
“A gente não colocou preço. As pessoas davam R$ 10, davam R$ 20, quanto podiam. Teve uma pessoa que deu R$ 200 num quadro”, relata Thiago Oliveira.
Quarenta e cinco quadros foram vendidos. E o dinheiro todo usado na compra de itens pro GPACI – o Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil de Sorocaba (SP). Deu para comprar 600 caixas de leite achocolatado, 300 caixinhas de água de coco e 100 litros e água mineral.
“O GPACI é um hospital beneficente que vive de doações. Vivemos praticamente 90% de doações”, conta a presidente da Diretoria Executiva, Maria Lúcia Neiva de Lima.
Por ano, cerca de 30 mil crianças são atendidas no hospital que é referencia para o tratamento contra o câncer infantil para 50 cidades do interior de São Paulo. As consultas, exames, cirurgias e até os medicamentos, quando os pacientes recebem alta, são oferecidos de graça.
E são os voluntários, entre eles as crianças, que fazem a diferença no tratamento.
A Larissa é mãe da Maria Luiza. A bebê tem 11 meses e está em tratamento contra a leucemia. O apoio dos voluntários é a certeza de que não estão sozinhas neste momento.

“Deixa a gente mais forte na verdade, né? Saber que tem pessoas que ajudam, pessoas que apoiam. Deixam mais leve pra ela. É outra coisa. Deixa muito mais leve”, conta Larissa Soares.
Todos os dias, o hospital divulga uma lista do que precisa com mais urgência. O Luiz Augusto, que tem 11 anos, soube que poderia faltar leite para as crianças e trocou os presentes de aniversário por doações. Com a ajuda da mãe, ele faz vídeos com os pedidos.
“Eu peço pra pessoas, se eles puderem, doar alimentos, roupas, ou brinquedos, entre outras coisas. Meu aniversário é um momento que eu gosto muito e eu queria fazer pra ajudar as pessoas”, ressalta o menino.
“Encabeçamos a campanha, por meio de um desejo dele, de não receber simplesmente presentes de aniversário, mas que estes presentes beneficiassem outras crianças”, conta a mãe do Luiz, Erica Monteiro Nunes.
Luiz Augusto, que tem 11 anos, também ajuda as crianças internadas.
TV Globo/Reprodução
A Emanuelly trata de uma leucemia. Ela não não conhece o rosto das crianças que estão na outra ponta na rede de doações, mas sabe como é o coração delas!
“Eles têm carinho, eles gostam de ajudar, eles têm bom coração”, destaca a Emanuelly.
Caso encontrasse alguma dessas crianças, ela diz o que faria: “Eu iria dar um abraço e falar se ela ou ele poderia ser meu amigo e brincar comigo”.

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