Hotéis de NY recebem subsídios para acomodar imigrantes

A cidade de Nova York, nos EUA, está enfrentando uma crise de acomodação para imigrantes que chegam à região em grande número todos os dias. De acordo com a vice-prefeita de Nova York para Saúde e Serviços Humanos, Anne Williams-Isom, 4.300 pessoas chegaram na cidade na 2ª semana de maio.

Com a falta de abrigos adequados, as autoridades estão recorrendo a hotéis para ajudar a acomodar essas pessoas.

Segundo a Bloomberg, a prefeitura da cidade paga cerca de US$ 300 por noite por quartos de hotel para acomodar imigrantes. O custo total da moradia dos imigrantes é estimado pelo jornal em US$ 4,3 bilhões entre abril de 2022 e julho de 2024.

Hotéis que agora abrigam imigrantes cobravam menos do que a tarifa média atual em toda a cidade. Alguns desses hotéis tinham dívidas com o governo, foram palco de crimes e receberam críticas negativas de hóspedes em sites de avaliações de hotéis, segundo o levantamento do jornal.

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O Holiday Inn localizado no distrito financeiro de Manhattan é um dos hotéis que hospedam imigrantes e tem uma avaliação de 2 estrelas. O proprietário do hotel declarou falência em novembro devido a dificuldades financeiras durante a pandemia. A prefeitura de Nova York, sob a gestão do democrata Eric Adams, ofereceu uma solução para o hotel, alugando todos os seus 492 quartos por 15 meses para abrigar cerca de 15.000 imigrantes.

De acordo com o fiscal de orçamento da cidade, Brad Lander, a crise dos imigrantes em Nova York é um problema complexo que exige soluções de longo prazo.“Todo mundo tem se concentrado tanto na resposta a emergências que não há foco suficiente em manter os sistemas necessários para oferecer às pessoas serviços jurídicos para ajudá-las a sair”, afirmou em entrevista a Bloomberg.

Em outubro de 2022, o prefeito Eric Adams decretou estado de emergência para melhorar a resposta da cidade à crise migratória vivida desde abril do mesmo ano. Segundo Adams, a chegada de novos imigrantes, principalmente latino-americanos, na parte sul de Nova York “não é viável” com os abrigos da prefeitura. “Apesar de termos compaixão ilimitada, nossos recursos são limitados”, declarou.

A reportagem da Bloomberg também afirma que o prefeito está considerando cortar serviços da cidade para pagar o custo da moradia dos imigrantes. Entre os serviços planejados para serem cortados estão o horário de funcionamento da biblioteca, as refeições para idosos e as creches gratuitas em período integral para crianças de 3 anos.

Em uma entrevista para o programa “Face The Nation” da emissora CBSNews em maio deste ano, Adams afirmou que “mais de 70.000 imigrantes chegaram à cidade de Nova York nos últimos meses e 42.000 ainda estão sob cuidados da cidade”. Ele também disse que Nova York carrega “injustamente o peso de cuidar dos requerentes de asilo que cruzam a fronteira EUA-México” e acredita que a responsabilidade deve ser compartilhada com outras cidades nos Estados Unidos.

Para o prefeito, “com 108.000 cidades, vilas e vilarejos, se todos colaborarem com uma pequena parte e coordenarem a recepção de imigrantes na fronteira, aqueles que estão vindo para o país de maneira legal podem ser movidos por todo o país, aliviando o fardo de uma única cidade”, finalizou.

As autoridades em Nova York têm dificuldades para encontrar abrigos apropriados para os imigrantes que chegam diariamente à cidade.

Mais de 140 hotéis estão sendo usados para acomodar imigrantes em Nova York. No entanto, a cidade tem custos significativos sem o apoio adequado do Estado e do governo federal, mesmo sendo governada por uma administração democrata de Kathy Hochul e Joe Biden, respectivamente. Além dos hotéis, os imigrantes também estão sendo abrigados em locais vazios, como ginásios escolares, igrejas e prédios de escritórios abandonados.

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