Instalação de painéis solares muda a vida em aldeias que dependem do turismo na região de Manaus

A atividade é a principal fonte de renda da comunidade Tatuyo. Segundo a empresa estadual de turismo do Amazonas, em 2022, 19 mil pessoas foram ao estado em busca do etnoturismo. Com o fim da emergência da pandemia, nos 4 primeiros meses de 2023, o número foi 3 vezes maior. Instalação de painéis solares muda a vida em aldeias que dependem do turismo na região de Manaus
A instalação de painéis solares está mudando a vida em aldeias que dependem do turismo na região de Manaus.
Os traços no rosto são feitos com tinta da floresta. Só assim, pintado, Pinhón, o cacique Tatuyo, entra na mata. Na tarefa do dia a dia, ele também se torna atração para quem chega em busca de conhecer a vida indígena.
O talento com o artesanato ajuda nos ganhos, mas só quando há turistas. O turismo é a principal fonte de renda – e se reduziu durante a pandemia. Em 2022, 19 mil pessoas foram ao estado em busca do etnoturismo, que são visitas às aldeias e comunidades da região.
Com o fim da emergência da pandemia, nos quatro primeiros meses de 2023, o número foi três vezes maior . Para melhorar esse atendimento, kits de energia solar podem dar um empurrãozinho.
“”Nossa atuação aqui, trazendo o kit de energia solar, dando condições básicas de dignidade, qualidade de vida, impulsionando o segmento, é fundamental para que continuem atuando nessa atividade econômica”, afirma Gustavo Sampaio, presidente da Amazonastur.
São quatro placas. Elas chegaram pelo Rio Negro e foram instaladas em um lugar alto e aberto para que possam receber a luz. Na Tatuyo, a energia limpa vai iluminar a maloca central, que recebe os visitantes. Vai dar para ver melhor os trabalhos indígenas e assistir às danças típicas.
“Nós passamos muito tempo na escuridão. Esse até dia vai ajudar muito para nós”, diz o cacique Tatuyo, Hernando Godinho.
A farinha de mandioca é a base da alimentação e do trabalho de Cecília Hernandes Godinho, mulher do cacique.
“Eu faço beiju, farinha, tiro goma”, conta.
Mas no cardápio também tem itens para lá de exóticos. Hora do café da manhã, primeira refeição do dia e, na comunidade Tatuyo, a equipe do Jornal Nacional foi servida com um banquete. O beiju feito de farinha de mandioca, tem também o mingau de buriti e de açaí, e também tem formiga Maniwara que é retirada da floresta, ela tá assada, nessa forma ela fica crocante.
O grupo de espanhóis também se encantou.
“Conhecer o modo que eles vivem e desenvolvem seus costumes é algo magnífico”, vibra a turista espanhol Esther Murciano.
” Espero andar mais pelos rios e pela floresta”, diz o turista espanhol Juanjo Sanches.
Agora, além da luz do fogo do breu branco, as lâmpadas vão mostrar o talento e a cultura indígena até pela noite.
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