‘Se eu estou aqui hoje, vocês também podem’, diz Bia Haddad

Tenista brasileira perdeu para a número um do mundo – e foi eliminada na semifinal de Roland Garros, na França. Bia Haddad perde para número um do mundo e é eliminada na semifinal de Roland Garros
A polonesa Iga Swiatek tem 22 anos. É tímida e introspectiva, e a melhor tenista do mundo na atualidade. Em quadra ela se transforma, personalidade, força e rapidez.
Ela já é bicampeã de Roland Garros e está acostumada a atmosfera de um jogo de grand slam, como são chamados os quatro principais torneios do tênis mundial.
Pra chegar à final, Bia Haddad, a décima quarta no ranking, teria que passar por esse cenário de grandes dificuldades. Pra isso, ela contou com a torcida de muitos brasileiros. Entre eles, Gustavo Kuerten – tricampeão de Roland Garros nos anos de 1997, 2000 e 2001.
No primeiro set, a polonesa fez valer o favoritismo: vitória por seis games a dois. No segundo, a bia conseguiu equilibrar a partida. Mas, na reta final, numa disputa ponto a ponto, a polonesa errou menos e venceu por 7 a 6. Dois sets a zero.
“Tênis ensina toda a semana. ou a gente ganha ou a gente aprende. não existe derrota”, dia Bia Haddad.
Bia Haddad sai fortalecida de Roland Garros. Até aqui, ela nunca tinha conseguido vencer dois jogos seguidos em um grand slam.
E quando o torneio terminar a brasileira ainda pode entrar para lista das dez melhores tenistas do ranking mundial.
Pra isso, Karolina Muchova, da República Tcheca, não pode ser campeã contra a Swiatek no sábado.
Hoje, ela venceu a número dois do mundo, Aryna Sabalenka, de Belarus.
Desde 2001, com o próprio Guga, o Brasil não tinha um tenista entre os quatro melhores na disputa individual de um grand slam.
“Espero que tenha muitas meninas assistindo. Se vocês estão me vendo aqui hoje, eu nunca a super talentosa, eu não sou uma pessoa fora da curva, um fenômeno, eu sempre trabalhei muito duro. Se eu estou aqui hoje, poxa, com certeza vocês também podem”, diz Bia Haddad.
Bia Haddad fez os brasileiros voltarem a acreditar em uma conquista que há de mais valioso e competitivo no tênis um torneio de grand slam nas disputas individuais. O título não veio. Mas o orgulho está de volta.

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