Entregadores agredidos por ex-atleta de vôlei cobram agilidade na investigação policial

Max Ângelo e Viviane Teixeira foram à 15ª DP nesta quarta-feira (7) com seus advogados. Ao chegar lá, descobriram que inquérito foi colocado sob sigilo. Polícia Civil disse apenas que ‘a investigação está em andamento’, mas não informou um prazo para sua conclusão. Max Ângelo dos Santos e Viviane Maria de Souza Teixeira estiveram nesta quarta(7) na 15ª DP (Gávea)
Arquivo pessoal
Perto de completar dois meses das agressões da ex-atleta Sandra Mathias Correia de Sá, os entregadores Max Ângelo dos Santos e Viviane Maria de Souza Teixeira estiveram nesta quarta-feira (7) na 15ª DP (Gávea) para “cobrar agilidade na investigação”. Os dois chegaram acompanhados de seus advogados, Joab Gama e Prisciany Sousa.
Os quatro tentaram, mas não conseguiram falar com delegada. Ao deixar a delegacia, os advogados disseram que a 15ª DP decidiu colocar a investigação em segredo.
“Informaram que o processo não está parado. Ele está em analise após uma nova documentação que foi juntada. Não tivemos acesso à documentação, até porque a delegada achou por bem colocar a investigação em sigilo. Agora é só aguardar. Esperamos que essa documentação seja analisada e o inquérito seja relatado e enviado à Justiça o quanto antes”, disse Joab Gama.
O advogado disse que não sabe o motivo do sigilo.
“Até questionamos o motivo e alegaram que foi uma decisão interna. Não queremos que esse caso se arraste e por isso estamos aqui. O prazo está acima do esperado e agora vamos ficar em cima, de olho, para que não aja morosidade. É preciso que esse caso tenha uma decisão”.
Em nota, a Polícia Civil disse apenas que “a investigação está em andamento”. A instituição não informou um prazo para a conclusão do inquérito.
A defesa de Viviane Matia afirmou que a 15ª DP ainda não arrolou uma testemunha-chave para o andamento do processo.
“Essa é uma testemunha ocular e queremos que ela seja ouvida. Questionamos também por que essa oitiva ainda não aconteceu. Foi surpresa para nós esse sigilo. Vamos averiguar para que quando esse inquérito for relatado ele seja entregue com as provas que a defesa da Viviane requereu. Não conseguimos a resposta de a delegada não itimar a testemunha”, disse Prisciany Sousa.
Os dois advogados informaram que protocolaram uma petição para ter acesso integral a toda documentação, mesmo que o processo esteja em sigilo.
“Esperamos justiça para esse assunto tão sério”, diz Max Ângelo.
Quase dois meses depois de ser vítima das chicotadas de Sandra Mathias, o entregador Max Ângelo pede que ela seja punida. Sandra responde por lesão corporal e injúria.
“Não esqueci do que aconteceu. É impossível. Continuo recebendo mensagens e carinhos de uns e críticas de outros. Eu considero normal. Mas, dentro de tudo que aconteceu, graças a Deus, ele me deu a sabedoria de caminhar de cabeça erguida. Acordo todo dia e vou para o meu trabalho. Graças a Deus a minha vida está andando e esperamos um desdobramento. Esperamos uma justiça necessária para esse assunto tão sério e complexo”, disse Max.
Max Ângelo na chegada à 15ª DP (Gávea)
Arquivo pessoal
Viviane destaca que Sandra Mathias precisa ser punida para que ela não cometa mais agressões.
“Esses dois meses têm sido um aprendizado para mim também. Só Deus e eu sei o que sofri. Quero trabalhar e mostrar que fui injustiçada. Faço parte da sociedade como todos. Quero ver justiça com essa senhora para que ela não faça com mais ninguém. Acho uma injustiça o que ela fez”, disse.
A Polícia Civil não informou um prazo para que o inquérito seja concluído. A delegada Bianca Rodrigues chegou na 15ª DP pouco depois das 13h30 e não quis falar com a imprensa.
Procurados, os advogados de Sandra Mathias não foram localizados.

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