Animal apresentou dificuldade para mastigação e recomendação de especialista foi por cirurgia; com 15 anos de idade e 300kg, Madalena contou com ajuda de um batalhão de voluntários. Ação une veterinários da PUC e profissionais do Bosque dos Jequitibás para salvar anta
Voluntários e funcionários do Bosque dos Jequitibás, de Campinas (SP), se uniram para uma nobre missão: salvar a Madalena, uma anta de 15 anos, com 300kg, cujo tumor descoberto na boca já estava afetando a mastigação.
“Inicialmente achamos que era um problema no dente. Aí fizemos uma medicação, para melhorar o sintoma. Mas assim que conseguimos levantar a parte da bochecha, notamos que havia uma massa, uma massa tumoral, que a gente não sabe de que origem é, provavelmente um tumor maligno”, explica Douglas Presotto, veterinário do Bosque dos Jequitibás.
Um profissional especialista em odontologia veterinária foi chamado para avaliar Madalena, e a recomendação foi de que o procedimento fosse feito o mais rápido possível, a fim de evitar que o tumor espalhasse.
Só que para levar Madalena da jaula até a mesa de cirurgia era preciso mais do que boa vontade. A força-tarefa suou para tirar a anta da área onde estava em quarentena.
Foram horas para colocar o animal na caixa que iria transportá-la do Bosque ao hospital da PUC-Campinas. Receosa, nem ligou para as frutas e chicória oferecidas.
Força-tarefa une veterinários da PUC Campinas e profissionais do Bosque dos Jequitibás para salvar a Anta Madalena
Reprodução/EPTV
Passado o baile para deixar o recinto onde se encontrava, um verdadeiro batalhão ajudou a tirar a caixa do Bosque. Foram preciso oito pessoas para ergue-la. Já para o transporte, só com guincho mesmo para içar a caixa até o caminhão.
Madalena chegou a Campinas em 2015, vinda do zoológico de São Carlos, e depois de tantos anos no Bosque, rodou pela metrópole sem ser notada.
A cirurgia
No Hospital da PUC-Campinas já havia uma área separada para o procedimento – a unidade é especializada em animais de grande porte. Foram 11 profissionais envolvidos para deixá-la na mesa de cirurgia, em um procedimento que durou pouco mais de duas horas.
Além do tumor, uma parte óssea precisou ser removida para diminuir as chances do problema retornar.
“Quando a gente desconfia de tumores, tanto benignos quanto malignos em boca, eles são agressivos localmente, eles tem comprometimento de osso, e a gente tem que remover com margem para ele não voltar (…) então a gente definiu todo o perímetro do tumor, dá uma margem de 1 ou 2 centímetros para cada lado , só que tem o osso atrás, daí a gente tem que remover toda essa parte óssea”, esclarece Leandro Brasil, dentista veterinário.
Força-tarefa une veterinários da PUC Campinas e profissionais do Bosque dos Jequitibás para salvar Anta Madalena
Reprodução/EPTV
O procedimento foi considerado um sucesso, e Madalena só deu um pouco de trabalho ao retornar da anestesia, demorando um pouco mais do previsto. Mas ela retornou ao Bosque, onde receberá os cuidados pós-operatórios.
“É um ser vivo que está sob nosso cuidado, sob nossa responsabilidade, e é um animal que está em risco de extinção, ela corre risco de extinção em várias partes do Brasil. É muito importante na conservação”, completa Presoto.
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Voluntários e funcionários do Bosque dos Jequitibás, de Campinas (SP), se uniram para uma nobre missão: salvar a Madalena, uma anta de 15 anos, com 300kg, cujo tumor descoberto na boca já estava afetando a mastigação.
“Inicialmente achamos que era um problema no dente. Aí fizemos uma medicação, para melhorar o sintoma. Mas assim que conseguimos levantar a parte da bochecha, notamos que havia uma massa, uma massa tumoral, que a gente não sabe de que origem é, provavelmente um tumor maligno”, explica Douglas Presotto, veterinário do Bosque dos Jequitibás.
Um profissional especialista em odontologia veterinária foi chamado para avaliar Madalena, e a recomendação foi de que o procedimento fosse feito o mais rápido possível, a fim de evitar que o tumor espalhasse.
Só que para levar Madalena da jaula até a mesa de cirurgia era preciso mais do que boa vontade. A força-tarefa suou para tirar a anta da área onde estava em quarentena.
Foram horas para colocar o animal na caixa que iria transportá-la do Bosque ao hospital da PUC-Campinas. Receosa, nem ligou para as frutas e chicória oferecidas.
Força-tarefa une veterinários da PUC Campinas e profissionais do Bosque dos Jequitibás para salvar a Anta Madalena
Reprodução/EPTV
Passado o baile para deixar o recinto onde se encontrava, um verdadeiro batalhão ajudou a tirar a caixa do Bosque. Foram preciso oito pessoas para ergue-la. Já para o transporte, só com guincho mesmo para içar a caixa até o caminhão.
Madalena chegou a Campinas em 2015, vinda do zoológico de São Carlos, e depois de tantos anos no Bosque, rodou pela metrópole sem ser notada.
A cirurgia
No Hospital da PUC-Campinas já havia uma área separada para o procedimento – a unidade é especializada em animais de grande porte. Foram 11 profissionais envolvidos para deixá-la na mesa de cirurgia, em um procedimento que durou pouco mais de duas horas.
Além do tumor, uma parte óssea precisou ser removida para diminuir as chances do problema retornar.
“Quando a gente desconfia de tumores, tanto benignos quanto malignos em boca, eles são agressivos localmente, eles tem comprometimento de osso, e a gente tem que remover com margem para ele não voltar (…) então a gente definiu todo o perímetro do tumor, dá uma margem de 1 ou 2 centímetros para cada lado , só que tem o osso atrás, daí a gente tem que remover toda essa parte óssea”, esclarece Leandro Brasil, dentista veterinário.
Força-tarefa une veterinários da PUC Campinas e profissionais do Bosque dos Jequitibás para salvar Anta Madalena
Reprodução/EPTV
O procedimento foi considerado um sucesso, e Madalena só deu um pouco de trabalho ao retornar da anestesia, demorando um pouco mais do previsto. Mas ela retornou ao Bosque, onde receberá os cuidados pós-operatórios.
“É um ser vivo que está sob nosso cuidado, sob nossa responsabilidade, e é um animal que está em risco de extinção, ela corre risco de extinção em várias partes do Brasil. É muito importante na conservação”, completa Presoto.
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