Veja o serviço que protege usuários de apps de namoro de golpistas e de quem quer pular a cerca

E para quem procura viver um grande amor, as redes sociais e os famosos aplicativos de relacionamento têm sido as alternativas valiosas neste mundo que está cada vez mais digital. Mas, infelizmente, ambas as ferramentas têm se tornado cada vez mais alvo da ação de criminosos, que utilizam os meios para aplicar todo o tipo de golpe no usuário. Diante disso, surgiu o Serviço de Proteção ao Coração – Investigações, o “SPC do Amor”, que trata-se de uma agência de investigação amorosa que é controlada por uma empresa de compliance, e que é especializada em investigações internas corporativas e análise de risco empresarial.

O serviço foi criado pela advogada Sabrina de Cillo em 2022. O serviço tem como objetivo atuar na prevenção dos crimes cibernéticos que estão cada vez mais comuns. Em São Paulo, na última semana de maio, a Polícia Civil prendeu quase 70 pessoas e intensificou as ações na busca de mentores intelectuais de quadrilha especializada em sequestros após selecionar os alvos através de aplicativos de relacionamentos. Segundo investigação, os golpistas criaram perfis falsos para poder ludibriar as vítimas para obterem vantagens financeiras.

Neste tipo e golpe, a tática é simples: criminosos utilizam de um perfil falso em um app ou em rede social e buscam “seduzir” a vítima. Na maioria das vezes, o alvo do golpe são homens. Logo após uma primeira conversa, os criminosos começam a conversar com a vítima através do WhatsApp e marcam um encontro, geralmente em via pública, para não levantar suspeitas. Mas, ao chegarem no local, acabam sendo surpreendidos. Segundo a polícia, três ou quatro pessoas abordam a vítima, que não tem chance de defesa e a levam para um cativeiro. No local, os criminosos fazem movimentações na conta bancária e libertam a pessoa em até três dias. Além de realização de sequestros, os apps também concentram estelionatários do amor, que são as pessoas que tentam ganhar a confiança do seu affair para depois extorqui-lo, ladrões de dados (que roubam informações pessoais para fraudes financeiras) e golpe dos “nudes” (em que um falso menor de 18 anos, geralmente uma mulher, chantageia o interlocutor após enviar uma foto e informar sua idade). Uma decisão tomada de forma errada em aplicativos de relacionamento, às vezes, pode custar caro demais.

Segundo o serviço, as pessoas procuram o SPC do Amor na maior parte das vezes para saber a identidade em início de namoro. Que nada mais é do que confirmar a veracidade das informações que foram fornecidas pela pessoa que ela acabou de conhecer e se interessou. Além do medo se estão sendo vítimas de algum golpe, os usuários buscam saber se seu novo interesse afetivo está escondendo algo, se ele é um potencial agressor ou se já está casado, por exemplo. Segundo a dona a criadora do serviço, as pessoas procuram pelo serviço não apenas pela questão sentimental, mas também por conta de traumas e relações problemáticas que, quando acabar, podem custar sessões de terapias, e também pela preocupação financeira. Os clientes também querem se proteger do estelionato sexual ou amoroso, daquelas pessoas que afirmam ser o que não são, de casados e casadas que pagam de solteiros nos aplicativos, que mentem sobre suas profissões ou nomes.

O público é dividido: 50% homens e os outros 50%, mulheres. Com relação a investigação conjugal, eles são maioria (55%). Atualmente, 200 pessoas são atendidas por dia pelo SPC do Amor. Ainda de acordo com o serviço, as mulheres têm traído tanto quanto os homens, embora eles tenham uma tendência maior a “pular a cerca”. Mas, não como explicar por qual razão isso acontece. Além disso, o sistema identificou que as mulheres de 40 anos ou mais têm uma predisposição maior a não resistir à lábia de homens casados ou compromissados que estão em busca de encontros sexuais se apresentando como solteiros. Por outro lado, os homens caem em golpes de mulheres mais novas, que oferecem a possibilidade de algum encontro sexual ou mesmo envio de fotos (algumas delas são fakes) em troca de presentes ou até mesmo de transferência via Pix.

Com informações da Jovem Pan

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