Deputado sugere voos diretos entre Acre e Peru para contornar dificuldade de viagens na região

Pedro Longo (PDT), que também é vice-presidente da Aleac, apresentou a ideia durante reunião do Parlamento Amazônico. Mais de 60 deputados debateram questões relacionadas à Amazônia, e questão de voos e logística na região foi uma das mais debatidas. A ideia é interligar os aeroportos internacionais do estado a países que fazem fronteira com o Acre, diz deputado
Tácita Muniz/g1
Durante a reunião da Associação do Parlamento Amazônico em Rio Branco, nessa quarta-feira (31), o deputado Pedro Longo (PDT) apresentou uma proposta de voo direto entre o Acre e o Peru, país que faz fronteira com o território acreano.
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Longo, que também é vice presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), sugeriu o voo de Rio Branco à cidade peruana de Cuzco, que, segundo ele, teria 40 minutos de duração. A sugestão foi feita ao presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Sousa Pereira, que participou do encontro por conferência de vídeo.
Ele ressaltou que o Acre tem muitos problemas com transporte aéreo, como horários, frequência e alto custo. Segundo o parlamentar, aproveitar os aeroportos internacionais do estado pode ser uma alternativa para amenizar as dificuldades.
“Nós temos outras possibilidades. Cuzco está a 40 minutos de Rio Branco. Temos um aeroporto internacional, vamos trabalhar também nessa perspectiva. Temos Pucalpa, via Cruzeiro do Sul. São dois aeroportos internacionais”, destacou.
O deputado afirmou que a proposta deve ser incluída no relatório produzido após a conclusão do evento, e que também será estudada pela Anac.
Parlamento amazônico
Mais de 60 parlamentares se reuniram na Aleac na quarta-feira para debater o desenvolvimento e dificuldades de acesso a estados da região Norte.
Cada estado aponta o que deve ser debatido para aquela região e um relatório é montado para ser entregue ao presidente Lula. Além da particularidade de cada estado, um assunto unânime entre os deputados da região Norte é a questão da logística – com alto preço de passagens áreas e a dificuldade de acesso até a capitais de estados nortistas.
“Estamos tratando das pautas comuns de nós amazônidas. No caso aqui, temos a pauta da aviação trazida pelo governador, presidente da Aleac, então a gente une as forças dos nove parlamentares, leva essas pautas para a esfera nacional. Cada estado tem sua pauta e a gente une forças para buscar solução em Brasília e vamos nos reunir com o presidente Lula para fazer essa pressão do parlamento estadual”, destacou Jory Oeiras (PP-AP).
Emerson Jarude (MDB-AC) disse que a criação do parlamento amazônico é uma forma de os estados trabalharem juntos questões que afetam a região como um todo.
“São nove estados, que, apesar de ter suas diferenças, têm problemas muito semelhantes, problemas esses relacionados com passagem aérea, todos têm dificuldade com isso, problemas na BR, que é constante, inclusive, através do parlamento amazônico conseguimos fazer uma reunião para falar sobre o assunto. O Parlamento amazônico discute também a questão da produção, sabemos das discussões ambientais, precisamos debater e conseguir um rumo para mudar a pobreza que temos hoje na Amazônia”, disse.
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