Remanescentes do desastre em Brumadinho revelam depressão e síndrome do pânico: ‘Cabeça não fica muito boa’

Moradores do Córrego do Feijão, uma das áreas mais atingidas pelo rompimento da barragem, relatam a dificuldade de viver no local.
Remanescentes do desastre em Brumadinho revelam depressão e síndrome do pânico
A equipe do Profissão Repórter voltou à cidade de Brumadinho (MG) quatro anos depois do rompimento da barragem, que matou 270 pessoas, sendo que três vítimas continuam desaparecidas.
Na quarta reportagem da série “Pra onde, Brasil”, do Profissão Repórter, os repórteres Guilherme Belarmino e Erik Von Poser e o repórter cinematográfico Eduardo de Paula percorreram mais de mil quilômetros na região Sudeste a bordo de um motorhome. A equipe retratou a luta por reparação dos atingidos pelos rompimentos das barragens de Mariana e Brumadinho.
Entrada de Brumadinho (MG) tem homenagem às pessoas que perderam a vida no rompimento da barragem.
TV Globo/Reprodução
Salete Marcos de Santos, moradora do Córrego do Feijão, diz que a filha dela, de 11 anos, convive com síndrome do pânico por causa do trauma vivido pela família.
“Minha menina tem crise e toma remédio forte por causa da síndrome do pânico. (…) Ela estava aqui no Córrego do Feijão e viu tudo. Muito difícil”, conta.
Salete Marcos de Santos, moradora do Córrego do Feijão, relata os problemas vividos pela filha.
TV Globo/Reprodução
Outro morador da localidade, Glaucon da Silva Almeida diz que conhece muitas das pessoas que morreram e relata o sentimento que ronda o Córrego do Feijão.
“Está em estado de calamidade. Não tem nada mais, não tem motivação, não tem autoestima. Acabou o lugar, praticamente. A gente fica em depressão, querendo sair, mas não se resolvem as coisas. A cabeça não fica muito boa”, relata.
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