Informações falsas atrapalham avanço de cobertura vacinal em crianças e adolescentes em SP, aponta pesquisa

Levantamento foi feito pelo Ipec em parceria com a Pfizer e a Sociedade Brasileira de Pediatria. Das cerca de 500 pessoas ouvidas na Grande São Paulo, 35% disseram que as fake news interferiram na decisão de vacinar os filhos. Vacinação contra Covid
Freepik/Divulgação/Prefeitura de Cubatão
Informações falsas atrapalham o avanço da cobertura vacinal em crianças e adolescentes em São Paulo, segundo pesquisa feita pelo Ipec em parceria com a Pfizer e a Sociedade Brasileira de Pediatria.
Das cerca de 500 pessoas ouvidas na Grande São Paulo, 35% disseram que as fake news interferiram na decisão de vacinar os filhos.
Ainda de acordo com os dados, dois em em cada três pais ou responsáveis por crianças de até 14 anos já receberam notícias falsas sobre vacinação.
“Surpreendeu muito e doenças que até então não se tinha dúvidas, hesitação vacinal passaram a ter por conta das fake news, uma delas por exemplo é poliomielite. Pneumonia, eles reconhecem, e os pais temem essas doenças, entretanto, eles hesitam em relação à vacinação e informam que uma das causas é essas notícias falsas recebidas nas redes sociais”, afirma Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer.
Lavamento revela também que para maioria dos pais a Covid-19 é a doença que mais preocupa, mas só 24% reconhecem que a vacina protege os filhos contra os casos mais graves.
Outro dado alarmante: 60% acham que as primeiras doses já evitam as complicações da Covid, o que, segundo os médicos, não é verdade.
“A gente a precisa dessa vacinação completa pra que a gente consiga efetivamente prevenir as formas graves das doenças, sejam elas quais forem”, afirma adriana ribeiro.
Os sintomas desse quadro de tamanha desinformação aparecem nos dados de cobertura vacinal contra a Covid-19, por exemplo.
A capital atingiu a meta de aplicar a primeira dose entre as crianças de 5 a 11 anos. Mas a segunda dose foi aplicada em 86% desta faixa, ou seja, 159 mil crianças não voltaram para completar o ciclo básico.
E o reforço, que está disponível desde o dia 2 de fevereiro, só chegou aos braços de 16%.
Entre as crianças de 3 e 4 anos, o cenário é ainda pior
69% tomaram a primeira dose, 42% voltaram pra segunda e só 5% receberam o reforço – que está disponível desde 27 de fevereiro.
“As vacinas elas criam adultos. Então, se nós estamos aqui hoje, é porque nós fomos vacinados e evitamos muitas doenças que poderiam ser evitadas em formas graves”, defende a médica Adriana Ribeiro.

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