Forças Armadas destroem 29 dragas do garimpo ilegal no Amazonas

Ação ocorreu ao longo de nove dias e faz parte da ‘Operação Ágata Amazônia – Comando Conjunto Uiara’, que também apreendeu mais de 1 tonelada de drogas. Draga do garimpo ilegal é destruída no Amazonas
Comando Conjunto Uiara
As Forças Armadas destruíram 29 dragas do garimpo ilegal no Amazonas. A ação ocorreu ao longo de nove dias e faz parte da ‘Operação Ágata Amazônia – Comando Conjunto Uiara’, que também apreendeu mais de 1 tonelada de drogas.
De acordo com o Ministério da Defesa, os trabalhos somam um prejuízo de, aproximadamente, R$ 71,3 milhões às atividades criminosas.
As ações ocorrem em cooperação com órgãos de proteção ambiental, segurança pública, inteligência e saúde indígena, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a Polícia Civil, a Polícia Federal, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
Marinha, do Exército e da Aeronáutica atuam com um efetivo de 1.320 militares, que utilizam 7 navios, 8 embarcações e 10 aeronaves.
Operação apreendeu drogas durante a operação
PF-AM
Segundo o comandante da operação no Comando Conjunto Uiara, Vice-Almirante Thadeu Marcos Orosco Coelho Lobo, as Forças Armadas atuam para prevenir, controlar, fiscalizar e repreender os crimes cometidos na fronteira do Amazonas com outros países.
“É um trabalho intenso em que temos militares das três Forças empregados. São diversos meios navais envolvidos, com tropas da Marinha e do Exército, além do apoio de transporte aéreo pela Aeronáutica”, informou, por meio da assessoria de imprensa.
Entre 16 e 23 de maio, a operação apreendeu 1.115 kg de drogas, como maconha e skank.
Em parceria com agentes do Ibama, os militares destruíram 29 dragas utilizadas no garimpo ilegal e estruturas de apoio – balsas de combustíveis, antenas de internet satelital e sistema de câmeras de segurança.
Segundo a avaliação do órgão, cada embarcação ilegal pode custar de R$ 600 mil a R$ 7 milhões cada. “Dessa forma, o prejuízo gerado ao garimpo ilegal ultrapassa R$ 49 milhões”, afirmou o Ministério da Defesa.
Repressão a crimes de fronteira
A ação começou na tríplice fronteira da Amazônia (Brasil, Colômbia e Peru). Agora, a operação chega à região central do Amazonas.
As atividades das tropas, que envolvem um território de 274 km² na Amazônia Ocidental.
Conforme o Ministério da Defesa, as operações Ágata podem ocorrer de maneira conjunta, envolvendo a participação das Forças Armadas, ou em caráter individual, sob a responsabilidade da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica.
Deflagrada em diferentes estados e períodos ao longo do ano, as operações fazem parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), instituído pelo governo federal para fortalecer a prevenção, o controle, a fiscalização e a repressão de crimes de fronteira.
A fronteira terrestre brasileira possui, aproximadamente, 17 mil quilômetros de extensão, onde 11 estados separam 10 países vizinhos. “Essa área é considerada fundamental para a defesa do território nacional, sendo a sua ocupação e a sua utilização reguladas por lei”, destacou o ministério.
Ações sociais
Durante a Ágata Amazônia, as Forças Armadas também levam ações de assistência hospitalar e cívico-sociais para apoio à população ribeirinha e indígena da Amazônia Ocidental. Entre as atividades estão incluídos atendimentos médicos e odontológicos feitos por militares da área da saúde, além de exames laboratoriais, distribuição de medicamentos e kits de higiene bucal.

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